Putin ativa testes com armas nucleares perto da Ucrânia
A Rússia ativou a primeira fase de exercícios militares sobre a utilização de armas nucleares táticas, na sequência de uma ordem emitida, no início do mês, pelo presidente do país, Vladimir Putin.
Segundo um comunicado do Ministério da Defesa russo, os exercícios serão realizados no Distrito Militar Sul, zona fronteiriça com a Ucrânia.
As manobras realizadas pelo exército russo incluem, entre outras, “mísseis táticos operacionais Iskander (na foto) e mísseis hipersônicos Kinzhal”, bem como treinamento para equipar foguetes transportadores com munições nucleares.
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Os mísseis 9K720 Iskander são foguetes de curto alcance, enquanto os Kinzhal (foto) são mísseis hipersônicos ar-solo capazes de atingir alvos a mais de 2.000 quilômetros de distância, viajando 10 vezes a velocidade do som.
Assim, as manobras russas estariam focadas na “obtenção de munições especiais para o sistema Iskander, equipando os lançadores e avançando furtivamente em direção à área de posição designada para o seu lançamento”, explica o comunicado.
O objetivo final destas manobras é, segundo o Ministério de Defesa russo “proteger a unidade territorial e a soberania russa, em resposta às declarações provocativas e ameaças de certas personalidades ocidentais”.
A Rússia refere-se ao Presidente da França, Emmanuel Macron (foto), que cogitou a possibilidade de enviar tropas europeias para apoiar a Ucrânia no conflito.
David Cameron (na foto), atual chefe da Política Externa Britânica, também foi mencionado, já que falou no direito da Ucrânia de usar armas britânicas para atacar a Rússia. “Esta é uma nova reviravolta na escalada da tensão e requer atenção e medidas especiais”, acrescenta o comunicado russo.
O fato é que a ameaça nuclear da Rússia existe quase desde o primeiro dia da guerra com a Ucrânia. O Kremlin anunciou manobras militares como as atuais em outras ocasiões.
Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, mostrou o seu descontentamento com as ações da Rússia, chamando-as de “irresponsáveis”.