Putin: de agente da KGB a líder da Rússia
Vladimir Putin é um dos homens mais poderosos do mundo e não há como negar. A história do presidente da Federação Russa, que segundo a Bloomberg nunca teve um índice de aprovação abaixo de 59% em seu país, está intimamente ligada à própria história russa (e soviética).
Vladimir Vladimirovich Putin nasceu em 7 de outubro de 1952, em São Petersburgo, chamado Leningrado, na época. Era o último período do governo de Stalin.
O avô paterno de Putin foi cozinheiro de Vladimir Lenin e Joseph Stalin. Já seu pai serviu na Marinha, durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto sua mãe trabalhava em uma fábrica. Putin é um autêntico filho da União Soviética.
O jovem Putin era um ávido fã de artes marciais, especialmente habilidoso em sambo e judô. Ele diz que essas atividades o mantiveram fora das ruas (e suas tentações) quando adolescente.
Na escola, Putin estudou alemão, idioma no qual ainda é fluente. Na foto com os colegas, de 1966, é o quarto à esquerda, na fila superior.
Vladimir Putin formou-se em Direito, em 1975, pela Universidade Estadual de Leningrado (atual Universidade Estadual de São Petersburgo).
Enquanto estava na universidade, Putin conheceu o professor Anatoli Sobchak, que mais tarde se tornaria seu mentor político.
No mesmo ano em que Putin se formou na universidade, ingressou na KGB, a principal agência de segurança soviética. Ainda há controvérsias sobre quais eram, exatamente, suas responsabilidades dentro da entidade governamental. Na foto, a antiga sede da KGB, que atualmente funciona como escritórios do FSB RF (serviços secretos russos).
Sabe-se que Putin morou em Dresden, que foi parte da Alemanha Oriental, de 1985 a 1990. Na foto, ele aparece com seus pais em 1985, pouco antes de mudarem-se para lá.
Casou-se com Lyudmila Shkrebneva em 1983, com quem teve duas filhas. Após anos juntos, divorciaram-se, oficialmente, em 2014.
De acordo com a revista Time, durante a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989, Putin guardou os arquivos do Centro Cultural Soviético em Dresden. Depois queimou arquivos da KGB, embora tenha entregado alguns deles (os menos incriminadores?) às autoridades alemãs.
Ele renunciou ao cargo de tenente-coronel da KGB em meio ao golpe fracassado dos comunistas linha-dura contra o governo de Mikhail Gorbachev (foto).
Putin voltou a São Petersburgo em 1990, onde renovou sua amizade com Sobchak. Nesta foto de 1993, pode ser visto atrás dele e do político austríaco Alois Mock, durante uma visita oficial à biblioteca da Universidade de São Petersburgo.
Anatoli Sobchak tornou-se o primeiro prefeito democraticamente eleito de São Petersburgo, em 1991. Ele nomeou Vladimir Putin como um de seus deputados. Na foto, Putin caminha com o príncipe Charles, que realizava uma visita oficial a São Petersburgo, em 1994.
Depois que Sobchak perdeu sua reeleição para prefeito, em 1996, o jovem Putin (que havia sido seu gerente de campanha) mudou-se para Moscou com o objetivo de tentar a sorte na política federal.
Putin rapidamente subiu no círculo íntimo de Boris Yeltsin, ocupando vários cargos de alto escalão, incluindo o de diretor do FSB RF, que sucedeu a KGB.
Em 31 de dezembro de 1999, Boris Yeltsin renunciou, inesperadamente, e nomeou Putin como presidente interino.
O povo russo viu em Putin um político da "lei e da ordem", durante a Segunda Guerra da Chechênia, o que lhe permitiu superar seus rivais políticos.
Putin pediu a Sobchak, em fevereiro de 2000, que o ajudasse em sua campanha presidencial, mas seu mentor morreu pouco depois. Na imagem, Putin, em 2006, discursa na inauguração de um monumento em memória de seu mentor, em São Petersburgo.
Vladimir Vladimirovich Putin foi eleito presidente da Federação Russa em 26 de março de 2000, com amplo apoio popular. Exceto quando atuou como primeiro-ministro, de 2008 a 2012, ele permanece no cargo. E não há vislumbre de um substituto. Muito menos agora, que ele embarcou em uma aventura bélica com consequências imprevisíveis.