O que esperar dos documentos sobre morte de John Kennedy que Trump ordenou divulgar?
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a desclassificação de documentos envolvendo três dos assassinatos políticos mais importantes da história dos EUA no século XX: John F. Kennedy, Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr.
“Muitas pessoas estão esperando por isso há muito tempo, há anos, há décadas”, disse Trump a repórteres no Salão Oval, segundo a BBC. “E tudo será revelado”.
Segundo a CBS News, a Administração Nacional de Arquivos e Registros disse que 97% das cinco milhões de páginas que eles têm sobre o assassinato de JFK foram tornadas públicas.
Imagem: iammrcup / Unsplash
A data da divulgação ainda não foi confirmada, mas a CBS News explica que o Diretor de Inteligência Nacional e o Procurador-Geral dos EUA teriam um prazo de 15 dias para apresentar um esquema para tornar os documentos públicos.
Em 2017, o primeiro governo Trump divulgou mais de 2.800 documentos sobre o assassinato de JFK.
John F. Kennedy, mais conhecido pelas iniciais JFK, foi eleito em 1960. Lembrado como um líder muito popular e idealista, ele tentou chegar a um entendimento com a União Soviética em momentos críticos, como a Crise dos Mísseis de Cuba.
O 35º presidente dos Estados Unidos levou um tiro na cabeça enquanto participava de uma comitiva presidencial em Dallas, Texas, em 22 de novembro de 1963.
Oficialmente, JFK foi assassinado por Lee Harvey Oswald, um funcionário do depósito de livros do Texas e ex-fuzileiro naval com simpatias comunistas. Mas há décadas existem teorias envolvendo a CIA, a máfia, cubanos e muitos outros que queriam se livrar de Kennedy.
O especialista no assassinato de JFK, Gerald Posner, disse à NBC News que os documentos desclassificados "serão interessantes para a história", mas ele não espera nenhuma reviravolta surpreendente no que já se sabe.
Posner, que acredita que Oswald agiu sozinho, comentou à NBC News o que ele acredita que os documentos podem conter: “Existem alguns arquivos que ainda estão lacrados sobre as conspirações da máfia e da CIA contra Fidel Castro”.
“Há um documento lá sobre informações da inteligência mexicana coletadas sobre Oswald quando ele visitou a Cidade do México apenas seis semanas antes do assassinato”, revela o especialista em JFK. Ele acredita que isso pode provar que a CIA sabia do plano de antemão e falhou em informar o FBI.
Posner disse à NBC News que acredita que o quase assassinato de Trump durante sua campanha presidencial em Butler, Pensilvânia, influenciou sua decisão de divulgar os arquivos.
Outra possível influência sobre Trump? Robert F. Kennedy Jr, sobrinho de JFK, e cujo próprio pai, Robert F. Kennedy, foi assassinado em 1968.
RFK, na época o provável candidato democrata para a eleição presidencial dos EUA de 1968, foi baleado durante um comício de campanha em um hotel de Los Angeles pelo ativista palestino Sirhan Sirhan.
Assim como o assassinato de seu irmão, a morte de RFK levou a décadas de especulação e teorias da conspiração. O Washington Post relatou em 2018 que Robert Kennedy Jr. não acredita que Sirhan foi responsável pelo assassinato de seu pai.
Siga-nos aqui e verá, a cada dia, conteúdos que lhe interessam!
Veja mais!
Mais populares

