Satélite detectará vazamentos de gás que aquecem o planeta
Os Estados Unidos e a Nova Zelândia lançaram, em parceria, um novo satélite ao espaço com o propósito de identificar vazamentos de metano, oferecendo, assim, uma oportunidade significativa de combater as mudanças climáticas.
O detector espacial está sob o comando do Fundo de Defesa Ambiental, um grupo conhecido por seu trabalho em questões como o aquecimento global, restauração de ecossistemas, oceanos e saúde humana.
Imagem: MetanoSAT
O MethaneSAT é um satélite de observação destinado a monitorar e analisar as emissões globais de metano, visando combater as mudanças climáticas. Segundo o The New York Times, ele possui um sensor infravermelho que detecta vazamentos.
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O referido jornal também informou que o satélite está equipado com um espectrômetro que utiliza a luz refletida na superfície do planeta para calcular as emissões globais de metano, abrangendo não apenas a origem, mas também a extensão dessas emissões.
Os dados obtidos pelo MethaneSAT serão disponibilizados ao público e acessíveis a todos. De acordo com o site do projeto, essa transparência pode facilitar que reguladores, o público em geral e empresas identifiquem problemas rapidamente.
De acordo com o The New York Times, o Fundo de Defesa Ambiental arrecadou 88 bilhões de dólares (em escala americana) de doadores filantrópicos, constituindo todo o orçamento do projeto.
Além disso, a organização encontrou parceiros essenciais para as operações do satélite, incluindo o Governo da Nova Zelândia e o Google.
Conforme reportado pelo The New York Times, uma equipe multidisciplinar composta por 70 especialistas da academia, indústria aeroespacial comercial e indústrias de defesa foi responsável pela construção do MethaneSAT.
Imagem: MetanoSAT
O site do projeto explica que o satélite não é o primeiro a fazer detecção global de metano, mas possui características "revolucionárias".
De acordo com a EDF, o MethaneSAT tem um alcance de visão de mais de 190 quilômetros e vai monitorar áreas que cobrem quase 80% da produção mundial de petróleo e gás.
Imagem: MetanoSAT
Outra vantagem é que o satélite tem especialização em detecção de metano, permitindo identificar emissões de fontes menores, algo que seus predecessores não eram capazes de fazer.
Imagem: MetanoSAT
Estudos anteriores da EDF comprovaram que as emissões de metano nos Estados Unidos eram maiores do que o estimado pelo governo. Assim, o MethaneSAT poderá verificar se isso ocorre também mundialmente.
Outra característica essencial é a transparência dos dados coletados. A informação será pública e poderá ser convertida diretamente em ações.
Segundo a NPR, aproximadamente 30% do aquecimento global é atribuído à poluição por metano de origem humana, o que significa que identificar suas fontes pode ter um impacto significativo em nossos esforços para reduzir as emissões.
O site do projeto explica que eles também utilizarão um avião rastreador de metano chamado MethaneAIR, para aprimorar os dados. A expectativa é obter os primeiros resultados até o final de 2024.
Como explicou Mark Brownstein, vice-presidente sênior da EDF, à NPR, essa informação pode finalmente determinar quanto metano provém da indústria de petróleo e gás, e não de outras fontes, como a agricultura.
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