Será possível fechar a Porta do Inferno do Turcomenistão?

Uma porta de entrada para o inferno no Turquemenistão
Deserto de Karakum
Presidente quer fechá-la
Motivos para o fechamento da cratera
Gás queimado poderia ser utilizado
Cerca de 16.000 metros cúbicos por ano
Origem da Porta do Inferno
Uma expedição que deu errado
Soviéticos teriam tocado fogo no gás para apagá-lo
Chama infinita
Não há documentos sobre a origem
Um nome bem escolhido
E como vão fechá-la?
Não há planos claros
Um presidente
A favor da construção
Uma porta de entrada para o inferno no Turquemenistão

A cratera de fogo de Darvaza, mais conhecida como Porta do Inferno, está, há meio século, aberta e flamejante, no Turcomenistão, país da Ásia Central.

Deserto de Karakum

Localizada no deserto de Karakum, tem 70 metros de largura, cerca de 30 metros de profundidade e é uma das principais atrações turísticas da região.

Presidente quer fechá-la

Mas o presidente do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, até março de 2022, ordenou procurar uma maneira de apagar o fogo que surge da terra árida. Agora, resta a seu sucessor (e filho), Serdar Berdimuhamedow, cumprir.

Foto: Unsplash - Snowscat

Motivos para o fechamento da cratera

Entre as razões da decisão do então mandatário, está a saúde das populações próximas ao deserto de Karakum e o fato de que o calor extremo constante afete o meio ambiente.

Gás queimado poderia ser utilizado

Além disso, as autoridades garantem que a perda constante de gás natural, devido à combustão, supõe um desperdício de recursos naturais que podem ser utilizados de várias formas.

Cerca de 16.000 metros cúbicos por ano

O pesquisador Jeronim Perovic calculou, segundo a BBC, que a quantidade de gás natural que a cratera pode liberar é de cerca de 16 mil metros cúbicos por ano: "O que a Suíça usa em um ano".

Origem da Porta do Inferno

A cratera Darvaza, ou Porta do Inferno, remonta à década de 1970. Ou assim acredita-se.

Uma expedição que deu errado

A versão mais difundida no país aponta para uma expedição soviética que, em 1971, em busca de gás, perfurou a área errada, explodindo um bolsão de gás, que criou a cratera e três sumidouros.

Soviéticos teriam tocado fogo no gás para apagá-lo

Para evitar que gases venenosos fossem expelidos para a atmosfera, os geólogos da expedição optaram por incendiar o lugar.

Chama infinita

Eles pensaram que o gás queimaria por algumas semanas e acabaria por extinguir-se. Entretanto, mais de 50 anos depois, o fogo continua aceso.

Não há documentos sobre a origem

No entanto, o explorador canadense George Kourounis, que visitou a zona numa expedição para a National Geographic, reconhece que não é possível saber a verdadeira origem desta cratera. Ele não encontrou informações, documentos ou pessoas da região que soubessem.

Foto: Unsplash - Snowscat

Um nome bem escolhido

Ao ver a cratera, pessoalmente, George Kourounis chegou a dizer que "era o tipo de lugar de onde o próprio Satanás poderia emergir". Sem dúvida, chamá-la de Porta do Inferno é apropriado.

E como vão fechá-la?

A questão é: como se fecharia essa cratera gigante? Conforme confirmado pelo jornal oficial nacional Neytralny Turkmenistan, o ex-presidente Gurbanguly Berdymukhamedov já havia colocado cientistas locais a trabalhar na procura de uma solução.

Foto: Unsplash - Ybrayym Esenov

Não há planos claros

No entanto, no momento, não há especificações técnicas ou um plano claro para colocar um fim definitivo no lugar. O país poderia contratar consultores estrangeiros, inclusive, para ajudar em seu objetivo.

Um presidente

Berdymukhamedov havia assumido a presidência do Turcomenistão em 2006. Ele tem especial atração pela arquitetura de ouro e mármore.

A favor da construção

Na capital do Turcomenistão, Ashgabat, o ex-líder chegou, inclusive, a mandar construir novos edifícios públicos e outros monumentos como uma estátua gigante de um cão turcomano, um dos símbolos oficiais do país.

Veja mais!