Sinais vitais da Terra mostram piora devastadora
Muitos dos “sinais vitais” da Terra atingiram registros extremos, de acordo com um relatório publicado na revista Bioscience.
O relatório, que avaliou 35 sinais vitais, descobriu que 25 deles estavam piores do que os anteriormente registrados, incluindo níveis de emissão de CO2 e metano.
Além disso, a temperatura da superfície da Terra e dos oceanos atingiu uma marca histórica, impulsionada pela queima recorde de combustíveis fósseis.
O aquecimento global tem causado eventos climáticos extremos, incluindo furacões nos EUA e ondas de calor de 50 °C na Índia, com milhões de pessoas expostas ao calor intenso.
“Já estamos no meio de uma súbita agitação climática, que coloca em risco a vida na Terra como nada que os humanos já viram”, disse o professor William Ripple, da Universidade Estadual do Oregon (OSU), que coliderou o grupo.
“A mudança climática já deslocou milhões de pessoas, com potencial para deslocar centenas de milhões ou até bilhões (em escala americana). Isso provavelmente levaria a uma maior instabilidade geopolítica, possivelmente até mesmo a um colapso social parcial”, acrescentou Ripple.
A avaliação, feita em 2023, também inclui os resultados de uma pesquisa, realizada pelo The Guardian, com centenas de especialistas climáticos seniores.
Os pesquisadores disseram que o aquecimento global era parte de uma crise mais ampla que incluía poluição, destruição da natureza e aumento da desigualdade econômica.
Entre as políticas recomendadas pelos cientistas estão: reduzir gradualmente a população humana por meio do empoderamento de meninas e mulheres; proteger e restaurar ecossistemas; e integrar a educação sobre mudanças climáticas aos currículos globais para aumentar a conscientização e a ação.
A conclusão do relatório diz que somente por meio de “ações decisivas” podemos “evitar o sofrimento humano profundo e garantir que as gerações futuras herdem o mundo habitável que merecem”, e acrescenta que “o futuro da humanidade está em jogo”.
Além disso, os cientistas disseram ao The Guardian que é "imperativo que haja um grande progresso" na cúpula climática COP 29 da ONU deste ano.
Siga-nos aqui e verá, a cada dia, conteúdos que lhe interessam!