Síndrome de Hubris, o distúrbio psicológico causado pelo poder

Efeitos negativos do poder e do sucesso
Termo cunhado pelo neurologista David Owen
Ego, arrogância, falta de humildade e de empatia
Ex-líderes políticos sob o microscópio
Exemplos de ex-presidentes famosos que sofreram com isso
Políticos, mas também militares ou empresários
O mundo tecnológico: uma fonte inesgotável
Elon Musk como exemplo
Outros novos bilionários com esse perfil
As 'estrelas' da Internet
Não é algo de que as pessoas normais estejam isentas
Estudo de como o poder pode corromper
Carcereiros e presidiários sob interrogatório
Quatro fases
Sintomas óbvios da Síndrome de Hubris
Pessoas que creem que estão acima de tudo e de todos
Acreditam que só eles estão certos
Novo tipo de transtorno de personalidade?
Um 'vírus' cada vez mais difundido
Efeitos negativos do poder e do sucesso

Após analisar o comportamento de figuras políticas conhecidas, o neurologista britânico David Owen descobriu que eles adquiriram a 'Síndrome de Hubris'.

Termo cunhado pelo neurologista David Owen

Este termo foi cunhado no seu livro, 'In Sickness and in Health: The Politics of Medicine' (Na saúde e na doença: a política da medicina, em tradução livre), lançado em 2008.

Ego, arrogância, falta de humildade e de empatia

As pessoas que sofrem de Síndrome de Hubris apresentam um ego excessivo acompanhado de arrogância, falta de humildade, dificuldade em aceitar críticas e falta de empatia, com absoluto desrespeito pelas opiniões e necessidades dos outros e, por vezes, comportamento excêntrico.

Ex-líderes políticos sob o microscópio

Em sua pesquisa, em parceria com Jonathan Davidson, psiquiatra e professor da Duke University (Estados Unidos), foram analisados os perfis psicológicos de vários ex-presidentes americanos e do Reino Unido.

Exemplos de ex-presidentes famosos que sofreram com isso

Entre as conclusões de ambos os pesquisadores, estimou-se que vários deles, como George W. Bush, Margaret Thatcher ou Tony Blair, entre outros, sofriam deste transtorno, pois apresentavam sinais evidentes de arrogância em sua personalidade.

Políticos, mas também militares ou empresários

Historicamente, este tipo de comportamento esteve intimamente relacionado com o poder, razão pela qual o foco sempre esteve nos grandes políticos, mas também em outras camadas da sociedade, como militares, religiosos e empresários ou gestores de empresas.

O mundo tecnológico: uma fonte inesgotável

Nestes tempos, a classe política continua a ser uma grande referência, embora se encontrem muitos bons exemplos entre empresários que acumularam fortunas milionárias no mundo digital e tecnológico, colocando-se numa posição de poder que nunca foram capazes de experimentar antes.

Elon Musk como exemplo

Um bom exemplo disso é Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, entre outras empresas. Ele tem exercido um papel político com seu apoio a Donald Trump e demitiu 80% dos funcionários do Twitter, na época em que comprou a plataforma.

Outros novos bilionários com esse perfil

Outros como Mark Zuckerberg (Meta) ou Jeff Bezos (Amazon) também deram indícios de sofrer da Síndrome de Hubris, devido à sua obsessão pelo controle e pelo tratamento dispensado aos funcionários de suas grandes empresas que lhes custaram inúmeras críticas ao redor do mundo.

As 'estrelas' da Internet

Além disso, nos últimos tempos, o problema se espalhou para outras áreas, como influenciadores, gamers ou YouTubers, que ganharam muito dinheiro de forma rápida e fácil, o que os levou a ostentar fortunas e desprezar aqueles que não conseguiram alcançar seu modo de vida.

Não é algo de que as pessoas normais estejam isentas

Apesar de tudo, esta síndrome é algo de que não estariam isentas pessoas normais, longe da fama ou do dinheiro, mas que poderiam alcançar certos níveis de poder em pequena escala dentro do seu contexto de trabalho ou social (gestores, chefes etc.).

Estudo de como o poder pode corromper

Um estudo realizado na década de 1970 pelo psicólogo e pesquisador Philip Zimbardo da Universidade de Stanford (Estados Unidos) já demonstrava como o poder pode facilmente corromper o ser humano.

Carcereiros e presidiários sob interrogatório

Para isso, criaram neste centro universitário uma prisão fictícia onde 'trancaram' 24 jovens divididos entre os papéis de carcereiros e reclusos. Poucos dias depois de iniciar a experiência, já foi possível observar como os primeiros mostravam ares de superioridade sobre os demais e os maltratavam.

Quatro fases

Owen e Davidson afirmaram, em sua pesquisa, que as pessoas que acabam sofrendo da Síndrome de Hubris passam por uma série de fases que começam com a autoconfiança quando as coisas correm bem. Daí vem a bajulação quando o sucesso é alcançado, logo a arrogância e, finalmente, a paranoia.

Sintomas óbvios da Síndrome de Hubris

Além disso, destacam uma série de sintomas que identificam entre aqueles que veem o mundo como o espaço ideal para alcançar o poder e a glória, realizam ações para melhorar a sua imagem, pela qual normalmente são obcecados, e uma vez alcançado o poder, a utilizam para se "autoglorificar".

Pessoas que creem que estão acima de tudo e de todos

Também são pessoas com muita autoconfiança, que perderam o contato com a realidade, tendem a falar de si mesmas na terceira pessoa e passam a se considerar autênticos Messias. Tudo isso com a convicção de que não precisam prestar contas a ninguém.

Acreditam que só eles estão certos

Como aponta Owen em seu livro, chega um momento em que esse tipo de pessoa para de ouvir, torna-se imprudente e toma decisões por conta própria, sem consultar ninguém mais, porque pensa que apenas suas ideias estão corretas e, mesmo que não sejam, nunca vai reconhecer que estava errada.

Novo tipo de transtorno de personalidade?

Ambos os autores também propuseram que a Síndrome de Hubris fosse considerada no mundo da psiquiatria como um tipo específico de transtorno de personalidade que combinaria transtornos anti-sociais, histriônicos e narcisistas.

Um 'vírus' cada vez mais difundido

A forma como o mundo atual está estruturado tende a gerar níveis de poder dos quais se beneficiam certas pessoas que, sem dúvida, não estão livres de vivenciar em primeira mão esta síndrome.

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