Febre Oropouche cresce no Brasil e preocupa Ministério da Saúde
O Brasil enfrenta um surto de febre Oropouche e está em alerta, depois que foram confirmadas duas mortes em decorrência da doença.
As vítimas eram mulheres jovens, com menos de 30 anos, que moravam no interior da Bahia. Segundo a BBC, apesar de a doença ser conhecida há quase 70 anos, esta foi a primeira vez em que se registraram mortes associadas a ela.
Além disso, o Ministério da Saúde confirmou no dia 2 de agosto, o primeiro óbito fetal devido à febre Oropouche. O caso envolveu uma gestante de 28 anos de Pernambuco, que estava na 30ª semana de gravidez, publicou a CNN.
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A febre Oropouche é uma doença viral causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), transmitida principalmente pela picada de mosquitos do gênero Culicoides, conhecidos como maruim ou mosquito-pólvora.
Em menor escala, os mosquitos do gênero Culex, chamados popularmente de pernilongo ou muriçoca, também podem ser transmissores da doença.
No Brasil, este ano, foram registrados 7.284 casos da doença até agora, um número muito alto em comparação com o de 2023, que foi de 831 casos, segundo o Ministério da Saúde.
Atualmente, há 21 estados com casos autóctones, sendo o Amazonas o mais afetado, com 3.224, seguido por Rondônia, com 1.7090, e Bahia, 831.
De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), 90,2% dos casos de febre Oropouche nas Américas estão concentrados no Brasil.
O segundo país com maior incidência de Oropouche é a Bolívia, com 356 casos, seguida do Peru, com 290, publicou o UOL.
Foto: Unsplash - Milos Hajder
Os sintomas são similares aos da dengue, incluindo dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea, diarreia e vômitos.
Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico da infecção pelo OROV é clínico, epidemiológico e laboratorial, e deve ser notificado imediatamente, devido ao seu potencial epidêmico e alta capacidade de mutação, que representa uma ameaça à saúde pública.
Não há um tratamento específico disponível. Os pacientes precisam manter repouso, receber tratamento para alívio dos sintomas e ser acompanhados por um médico.
Para prevenir a febre Oropouche, recomenda-se usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.
Além disso, quem mora em áreas rurais deve limpar terrenos e locais de criação de animais, recolher folhas e frutos que caem no solo, bem como instalar telas de malha fina em portas e janelas.
De acordo com os especialistas, é necessário aumentar os investimentos em pesquisas sobre a transmissão vertical do vírus (da mãe para o bebê), bem como no desenvolvimento de medicamentos e vacinas, publicou a BBC.
Em caso de sintomas suspeitos, recomenda-se procurar ajuda médica imediatamente e informar sobre sua exposição potencial à doença, alertou o Ministério da Saúde.
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