Um vírus respiratório provoca surto na China e gera preocupação
Um vírus respiratório conhecido como HMPV (metapneumovírus humano) começou a se espalhar, nos últimos dias, na China.
As infecções têm movimentado os hospitais, cujas imagens de pessoas com máscaras circularam nas redes sociais e geraram preocupação sobre a possiblidade de estarmos diante de outra possível pandemia, relata a BBC.
As autoridades chinesas admitiram que houve um aumento notável de casos de metapneumovírus humano (HMPV), particularmente na população infantil. No entanto, o quadro deve-se a um retorno sazonal do vírus, que aparece, geralmente, nas estações mais frias.
No entanto, o HMPV não é como a covid-19, indicaram especialistas em saúde pública, observando que este agente patogênico já existe há décadas. Além disso, quase todas as crianças são infectadas antes dos cinco anos.
Foto. Unsplasg / Macau-foto
Os sintomas causados por esta doença respiratória são semelhantes aos de uma gripe ou resfriado, mas podem levar a complicações mais graves, como bronquite ou pneumonia, especialmente entre idosos, crianças e pessoas com sistema imunológico fraco.
O aumento de casos, provavelmente, também está relacionado à nova tecnologia que detecta mais facilmente o HMPV. “Acho que agora estamos mais cautelosos em relação aos surtos. Todos estão muito vigilantes e ouvir o termo metapneumovírus humano provoca um certo medo”, disse um especialista em saúde pública ao The Guardian.
Por enquanto, organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) ou os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA não comentaram o assunto nem emitiram qualquer alerta à população para tomar medidas, segundo o jornal Clarín.
Foto: Unsplash/dj-johnson
As autoridades chinesas alertaram a população para reforçar a higiene, uma vez que o vírus é transmitido através do contato direto entre pessoas ou quando alguém toca em superfícies contaminadas, mas descartaram a possibilidade de colapso dos hospitais e que se trate de uma pandemia, diz a BBC.
O HMPV foi identificado pela primeira vez na Holanda, em 2001, e está presente em todo o mundo, com o qual já existe, atualmente, um certo grau de imunidade devido à exposição anterior ao vírus.
Paul Griffin, especialista em doenças infecciosas, explica ao The Guardian que o aumento de casos de HMPV é “significativo” e lembra que não existem vacinas para este vírus. Griffin defende assim o regresso às máscaras e ao isolamento para evitar sua propagação.