O ambicioso plano da OTAN para proteger a Ucrânia de Trump
Donald Trump tem se tornado uma preocupação crescente para a OTAN, em relação à guerra na Ucrânia. No entanto, a organização vem se preparando para a possibilidade de um segundo mandato do ex-presidente dos Estados Unidos.
A OTAN está a trabalhar num plano de cinco anos para garantir um pacote de ajuda de 100 bilhões de dólares (em escala americana), ao país invadido pela Rússia. Assim, evitaria a possibilidade de Trump suspendê-lo, caso seja eleito presidente, novamente, em 2024.
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Conhecido como "Missão para a Ucrânia", o plano foi apresentado pelo Secretário-Geral, Jens Stoltenberg, e faria com que os 32 Estados membros da OTAN comprometessem o dinheiro, de acordo com o The Telegraph.
O artigo do The Telegraph, assinado por Henry Foy, acrescenta: “Se aprovado, também daria à aliança o controle do grupo de apoio a armas Ramstein, liderado pelos EUA, e permitiria que ela administrasse o fornecimento de armas letais à Ucrânia, pela primeira vez, desde a invasão em grande escala da Rússia em 2022”.
Stoltenberg apresentou o novo plano como uma forma de “proteger o mecanismo contra os ventos da mudança política”, de acordo com fontes não identificadas.
No entanto, um responsável europeu anônimo disse à Newsweek que a realidade da guerra na Ucrânia e a natureza brutal dos combates levantaram “sinos de alarme” para a OTAN mais do que a perspectiva de um ressurgente Donald Trump na Casa Branca.
“Isto aconteceu antes de Trump 2.0 se tornar realmente um futuro viável”, disse o responsável. “Prefiro dizer que um potencial novo mandato de Trump está a acelerar esse processo e a sublinhar a importância das capacidades de defesa da própria Europa”.
As negociações para a apresentação do pacote foram feitas no começo de abril, durante uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países integrantes da OTAN.
Com a aprovação deste pacote, a OTAN não só controlaria os recursos financeiros de uma grande quantidade de dinheiro e armas.
Também assumiria um papel primordial na coordenação da assistência e formação em segurança para a Ucrânia, bem como no fornecimento do apoio necessário a Kiev a longo prazo.
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“Os ucranianos não estão a ficar sem coragem, estão a ficar sem munições”, disse Stoltenberg em um comunicado de imprensa. “Discutimos como colocar nosso apoio em uma base mais firme e duradoura para o futuro.”
Stoltenberg acrescentou que os detalhes do plano tomariam forma nas próximas semanas e observou: “A Ucrânia pode contar com o apoio da OTAN agora e a longo prazo”.
Independentemente da razão pela qual a OTAN está a tomar estas medidas, trata-se de um passo sério para a aliança.
Em diversas ocasiões o presidente russo, Vladimir Putin, alertou sobre as consequências do envolvimento cada vez maior da OTAN em seus assuntos com a Ucrânia.
A "Missão para a Ucrânia" necessita do apoio de todos os Estados membros da OTAN, o que poderia ser um problema.
As negociações, provavelmente, ocorrerão nos próximos meses e dois diplomatas alertaram que o programa final poderá ser reduzido.
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