Tudo sobre Janja, a primeira-dama do Brasil
Ela cuidou dos mínimos detalhes da cerimônia de posse do presidente Lula, no dia 1 de janeiro de 2023. Seu semblante era de emoção e alegria a cada passo que dava, sempre ao lado do esposo.
(Na foto, aparece com a cadelinha Resistência, adotada por ela e que também subiu a rampa do Palácio do Planalto, no dia da posse de Lula)
Inclusive na escolha de seu look para o tão esperado dia da volta de Lula à Brasília, Janja mostrou estar conectada com o povo brasileiro. Ela usou um terno desenhado pela estilista brasileira Helô Rocha, com bordados dourados feitos por artesãs de Timbaúba dos Batistas, no Rio Grande do Norte.
Nas eleições presidenciais de 2022, Janja estabeleceu-se como uma presença forte e fundamental para a vitória da democracia.
Sempre à frente da campanha, da organização dos eventos e ao lado de Lula, a nova primeira-dama quer ser mais que uma figura decorativa e promete dar um novo conceito ao cargo que passa a ocupar.
Ela é a 38ª oitava primeira-dama do Brasil. Em entrevista dada ao ‘Fantástico’, em novembro de 2022, definiu-se como "uma m u l h e r propositiva que vai e faz."
E completou que "não fica sentada, está junto do povo com o objetivo de somar na luta por um Brasil melhor e mais justo.”
"Vamos trabalhar para eu me tornar essa primeira-dama que vocês esperam. E tem um segredinho: vamos tentar ressignificar esse conceito de primeira-dama", declarou no Instagram.
No 'Fantástico', explicou: “A ideia não é ressignificar o conceito de primeira-dama, mas sim, o conteúdo que o cargo exige, trazendo pautas importantes para as mulheres, para as famílias e ter uma maior articulação com a sociedade civil.”
Para essa nova fase que se inicia, a primeira-dama pretende dar luz a temas como a violência machista, o combate à fome e o racismo.
Rosângela Lula da Silva nasceu em 1966, em União da Vitória, no Paraná. Ainda criança, mudou-se para Curitiba onde seguiu com os estudos. Formou-se em Ciências Sociais, especializou-se em História e cursou MBA em Gestão Social e Sustentabilidade.
(Foto: Reprodução / Instagram)
Durante anos, Janja trabalhou como professora universitária. Lecionou disciplinas nos cursos de Sociologia, Administração e Economia. No começo dos anos 2000, trabalhou na Usina Hidrelétrica de Itaipu onde, dentre outros cargos, atuou como socióloga de campo.
(Foto: Reprodução / Instagram)
Em 2010, licenciou-se para trabalhar em empresas ligadas à Eletrobras, na Comissão de Sustentabilidade. Em 2016, retornou a Itaipu, onde trabalhou até 2020.
Em 1983, aos 17 anos, em pleno início do movimento pelas Diretas Já, Janja filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e, desde então, aderiu oficialmente à causa política.
Ainda na entrevista ao dominical, ela contou: “No cursinho, conheci pessoas do movimento estudantil, me identifiquei e assim me filiei ao PT. Aquela efervescência política pelas Diretas Já, que já acontecia em 1983, mexia com minha cabeça.”
E foi durante as caravanas lideradas por Lula, no início da década de 1990, logo após a derrota dele para Fernando Collor, que eles se conheceram. Naquela época, ela nem imaginava o que estava por vir.
O romance só foi acontecer em 2018. Lula havia ficado viúvo de Marisa Letícia, em 2017, após ela sofrer um AVC.
Janja e Lula aproximaram-se durante uma partida de futebol entre os "Amigos de Buarque" contra contra o Veteranos do MST, em Guararema (SP). Dias depois, rencontraram-se em um carnaval em Maresias, também em São Paulo.
No dia 7 de abril de 2018, Lula foi preso. Até sua saída, em 8 de novembro de 2019, Janja e ele trocavam cartas diariamente.
Ela também ajudava na organização da vigília do namorado, em frente à superintendência da PF em Curitiba.
O anúncio da união foi feito com o presidente ainda na cadeia, o que despertou a curiosidade do povo em saber quem era a pessoa que havia conquistado o coração de Lula.
Janja e Lulaoficializaram a união em 2022, em uma cerimônia para poucos convidados. “O casamento foi acontecendo já durante a troca de cartas, enquanto ele estava preso, mas, a cerimônia em si, foi surpreendente para os dois”, revelou Janja na TV.
A partir de então, Janja ganhou um protagonismo especial. Sua dedicação a Lula e a sua campanha fez com que ela caísse na graça dos eleitores.
Janja era presença certa nos principais comícios e eventos. Também foi responsável pelas redes sociais do esposo, bem como pela atualização da nova música da campanha presidencial, lançada em 1989.
Janja teve a iniciativa de articular o apoio da senadora Simone Tebet à candidatura de Lula: “Era importante falar com ela, parabenizar a senadora pela campanha significativa que ela fez a partir do olhar feminino.”
E completou: "Tebet teve um papel importantíssimo no segundo turno. Eu tinha certeza que faria mesmo a diferença e assim foi. Tanto Tebet quanto Marina.”