As vacinas que salvaram a humanidade ao longo da história
Povos do mundo inteiro esperaram ansiosos o fim da pandemia de covid-19. Embora os contágios ainda sejam muitos, a volta à vida normal já é praticamente possível, graças às várias vacinas criadas para combater o coronavírus. De fato, ao longo da história, ficamos livres de várias doenças devido a alta taxa de imunização, através deste tipo de medicamento. Veja na galeria!
"Com exceção da água limpa, nenhum outro fator, nem sequer os antibióticos, tem exercido um efeito tão importante na redução da mortalidade". Assim é como a Organização Mundial da Saúde abre este relatório sobre a imunização através das vacinas.
Foto: Pixabay / @moritz320
As vacinas evitam mais de 2,5 milhões de mortes infantis a cada ano. A pneumonia e a diarréia são as principais causas de mortalidade infantil. Felizmente, as vacinas contra pneumococos e rotavirus estão, cada vez mais, permitindo uma mudança neste cenário.
Foto: Unsplash / @cdc
Mais de 100 milhões de crianças são vacinadas ao ano, segundo a OMS, e esta oportunidade de crescer saudável é indiscutível para o futuro de cada um. Entretanto, o objetivo é alcançar ainda 24 milhões de crianças que vivem em países pobres ou afetados por conflitos onde o acesso às vacinas ainda é precário.
Foto: Pixabay / Spencer Davis
O fato da imunização não chegar a pelo menos 95% da humanidade, incluindo pessoas que deixaram de ser vacinadas no passado, provoca surtos de doenças evitáveis como o sarampo, que ressurge inclusive em países onde a cobertura de vacinação é alta.
No primeiro semestre de 2019, foram registrados quase 365 mil casos de sarampo no mundo. Entretanto, a OMS estima que este número é muito maior, pois menos de 1 em cada 10 casos é notificado.
Foto: Unsplash / @cdc
Baseado nesta estimativa, A OMS acredita que, em 2017, houve 6,7 milhões de casos de sarampo e 110 mil mortes causadas pela doença.
Além do sarampo, mais de 26 doenças podem ser prevenidas com vacinas, muitas delas letais e incapacitantes como difteria, hepatite, meningite e poliomielite.
Debilidade no sistema sanitário, falta de infraestrutura e de financiamento, além do desconhecimento sobre a importância das vacinas são os principais fatores que freiam o avanço da imunização global.
Segundo a OMS, a relutância à vacinação, que tem tomado força nos últimos anos, é uma grave ameaça à saúde global. Nem um saneamento de qualidade é suficiente para evitar as doenças que as vacinas previnem, nem a imunização por contrair a doença de forma natural é segura.
Um artigo fraudulento, escrito em 1988, e posteriormente retirado pela revista que o publicou, relacionou, sem provas, a vacina tríplice viral com o autismo. Não só a OMS como toda a comunidade médica respeitável do mundo condenou a acusação. Atualmente, gigantes da internet como Facebook e Google têm se esforçado para eliminar qualquer informação falsa sobre as vacinas.
As vacinas produzem uma resposta imunitária no corpo sem o risco de causar a doença e suas graves complicações. Ainda no laboratório, seus componentes são submetidos a ensaios para determinar aspectos como a pureza e a potência.
Depois da fase de análise de componentes no laboratório, é feito um ensaio clínico da inocuidade e eficácia em seres humanos.
Uma vez autorizados, lotes de vacinas são submetidos a ensaios pós-comercialização para verificar a uniformidade do processo de produção e vigilar algum possível incidente adverso.
Foto: Unsplash / Mat Napo
Além de sistemas de regulamentação em cada país, a OMS também disponibiliza iniciativas de pré-qualificação de vacinas.
Foto: Unsplash / Hush Naidoo Jade Photography
Uma cobertura eficiente de vacinação representa um investimento importante para as nações. Entretanto, permite economizar um valor muito maior em tratamentos.
Um exemplo do custo-benefício é a erradicação mundial da Varíola. Os US$ 100 millhões de dólares que foram gastos em vacinas ao longo de 10 anos, até 1977, permitiu economizar 1,3 bilhão de dólares em tratamento e prevenção.
A vacina contra a poliomielite, desenvolvida nos anos 50 pelo Dr. Jonas Salk (foto), quando a doença era comum em vários países, é outro exemplo de eficácia.
Apoiada por uma campanha mundial da OMS, a imunização contra a poliomielite reduziu em 99% sua aparição.
Desde 1923, quando a primeira vacina para prevenir a Difteria foi fabricada, muito se avançou na indústria dedicada ao ramo. A OMS aposta que o mundo caminha para desenvolver vacinas contra a AIDS, o paludismo e a tuberculose, além de outras adaptadas a necessidades específicas.
(Fotos da galeria: GTres)