Vestir-se como uma princesa da Disney é positivo, diz estudo
Deixar seu filho ou filha vestir-se de princesa pode fazer maravilhas para a autoimagem deles. Pelo menos foi o que descobriu um estudo publicado na revista Psychology of Popular Media.
A pesquisa garante que fingir ser uma princesa da Disney influencia positivamente a confiança corporal das crianças e diversifica a maneira como elas brincam.
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Os pesquisadores classificaram as princesas de acordo com seus diferentes tipos de corpo e descobriram que as crianças preferem as princesas de tamanho médio, como Moana (Vaiana, em Portugal).
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Os pesquisadores definiram também o grupo de princesas magras, como Jasmine, de Aladdin, e o grupo acima da média ou pesadas, como a Princesa Fiona, de Shrek.
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Elsa, de Frozen, provou ser a princesa mais popular, tanto para meninos quanto para meninas, enquanto Moana (Vaiana, em Portugal) ficou em segundo lugar. A terceira colocada foi Anna, irmã de Elsa.
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Um comunicado de imprensa sobre a nova pesquisa observou que quando uma criança imita uma princesa de corpo magro, isso não afeta negativamente a imagem corporal ou o estilo de brincar da criança, ao contrário do que se poderia imaginar.
"Muitas pessoas estão preocupadas com o fato de as princesas da Disney terem um efeito negativo sobre a imagem corporal das crianças", explicou Jane Shawcorft, autora principal do estudo e pesquisadora de pós-doutorado da Universidade da Califórnia Davis, ao PsyPost.
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“Isso geralmente ocorre porque as princesas costumam ser extremamente magras. Mas esta pesquisa acrescentou nuances a este quadro”, continuou Shawcroft.
As descobertas desafiam as críticas recorrentes às princesas da Disney, que acusam a produtora de retratarem seus personagens de maneira idealizada.
O estudo revelou também que, quando as crianças tomam como referência princesas de corpo médio, surge um elemento positivo nas brincadeiras, pois diversificava o tipo de jogo entre elas.
"Princesas com tamanho corporal médio criaram um efeito protetor", disse Shawcroft, acrescentando que as fantasias fortaleceram "o grau de confiança ds crianças em relação aos seus próprios corpos".
Além disso, esse efeito protetor levou as crianças a brincarem de uma maneira mais ativa fisicamente, nas histórias que representavam.
"Durante as brincadeiras observadas, as crianças corriam, escalavam montanhas enormes e lutavam contra coisas", relata Shawcroft.
E completa: "Pudemos observar que suas histórias giravam em torno daquilo que podem fazer com seus corpos e não sobre sua aparência".
O estudo mostrou também que os adultos deveriam levar mais a sério o amor infantil pelas princesas da Disney, já que elas têm um papel extremamente importante em seus jogos simbólicos.
Além de serem realmente importantes para as crianças, as princesas da Disney têm um protagonismo significativo nas histórias. Cada vez mais, são uma referência ativa da trama e não uma mera personagem a ser salva por um herói masculino.