Adeus à monogamia? População atual já procura novas formas de amar

Outras formas de relacionamento
A não monogamia nos aplicativos de paquera
Os tipos de não monogamia
A crescente procura pela não monogamia
Um fenômeno que cresce
Há referências para relações não monogâmicas?
'Descolonizando Afetos'
Pesquisas
Monogamia sofre queda na preferência da população
Como definir uma relação não monogâmica?
O segredo é a confiança
Definir os próprios limites
Comunicação
Como seria o seu modelo de relacionamento ideal?
Somos fruto da nossa época
Agora, temos mais opções de escolha
Não exclusividade não significa falta de compromisso
Autonomia sobre o próprio corpo
Pessoas experimentam mais
Relações múltiplas
É possível!
Outras formas de relacionamento

Embora ainda esteja às margens do que é amplamente reconhecido socialmente, a não monogamia tem ganhado cada vez mais adeptos.

A não monogamia nos aplicativos de paquera

Um exemplo claro disso é que o Tinder, a maior plataforma de encontros do mundo, passou a oferecer a "não monogamia" como uma opção entre os tipos de relacionamento que os usuários podem escolher.

Os tipos de não monogamia

E não só isso. O usuário pode optar por um "relacionamento aberto", em que é permitido manter relações casuais com outras pessoas, ou "poliamor", no qual pode haver envolvimento romântico com mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

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A crescente procura pela não monogamia

O aplicativo revelou que 41% de seus usuários entre 18 e 25 anos estavam em busca de relações não monogâmicas ou abertos a essa possibilidade, relatou a revista Superinteressante.

Um fenômeno que cresce

Mas isso não está restrito aos mais jovens nem aos aplicativos. O que antes era um tema tabu e sem referências formais, hoje, ganhou as livrarias.

Há referências para relações não monogâmicas?

Não sou poucos os leitores de 'Novas Formas de Amar', da psicanalista brasileira Regina Navarro Lins, que fala sobre poliamor, vida a três e os desafios do amor no século XXI.

'Descolonizando Afetos'

Já o livro da psicóloga e escritora indígena Geni Núñez, 'Descolonizando Afetos', faz uma reflexão cultural e histórica sobre as relações humanas, abrindo os olhos do leitor para certas hierarquias que estabelecemos em nossas relações mais próximas.

Pesquisas

A monogamia tradicional está sendo questionada, e as pesquisas apontam essa tendência. Em 2016, uma pesquisa da YouGov sobre as preferências amorosas dos estadunidenses revelou que 34% deles preferem algum tipo de não monogamia, conforme relatado pela revista Superinteressante.

Monogamia sofre queda na preferência da população

Já em 2023, a mesma pesquisa foi realizada, mostrando uma queda na preferência pela monogamia, que passou de 61% para 55%. Os que preferem algo totalmente não monogâmico subiu de 7% para 8%.

Como definir uma relação não monogâmica?

O termo mais usado entre especialistas e adeptos é a sigla CNM (do inglês, Consensual Non-Monogamy), ou Não Monogamia Consensual. Em outras palavras, o relacionamento é aberto a experiências afetivas, amorosas ou íntimas com outras pessoas, de forma ética e com o consentimento mútuo.

O segredo é a confiança

Claro, dentro dessa definição existem mil possibilidades, mas, no geral, “são relações que prezam pela honestidade, pela moral e pela confiança”, explicou a pesquisadora canadense de s e x u a l i d a d e, Jessica Wood, à Vogue.

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Definir os próprios limites

Os casais que vivem um relacionamento aberto ou poliamoroso dizem passar por períodos de adaptação, em que estão a definir quais os limites e as regras que melhor funcionam para eles, destacou a psicóloga e escritora Jessica Fern, no livro 'Polysecure'.

Comunicação

A psicóloga afirma que cada um tem de encontrar as próprias regras e manter uma comunicação constante, já que este novo modelo de relacionamento não tem um padrão preestabelecido.

Como seria o seu modelo de relacionamento ideal?

Muitos acham essa mudança absurda, enquanto outros a consideram a salvação. Mas ao contrário de obter um modelo "ganhador", a principal questão é a possibilidade de escolha.

Somos fruto da nossa época

"Se você olhar para os anos 1950/60, ninguém podia se separar e as moças se casavam v i r g e n s. Não é uma questão individual ou de personalidade viver um relacionamento aberto, tem a ver com a mentalidade de cada época. O que mudou foi a forma de pensar”, afirmou Regina Navarro Lins, citada pela Vogue.

Agora, temos mais opções de escolha

Enquanto em outras épocas havia somente um caminho a seguir, hoje, as opções são variadas.

Não exclusividade não significa falta de compromisso

Por outro lado, as críticas frequentemente associam essa maior liberdade na escolha de parceiros e vínculos afetivos a uma vida p r o m í s c u a ou sem compromisso.

Autonomia sobre o próprio corpo

No entanto, "a não monogamia não tem a ver com o número de parceiros que se tem, tem a ver com autonomia do seu corpo. Eu decido o que fazer com o meu corpo em cada momento, inclusive posso decidir estar só com uma pessoa", explicou a psicóloga Marcela Aroeira à CNN.

Pessoas experimentam mais

Além disso, as pessoas não precisam viver exclusivamente em um ou outro modelo. "Muita gente tem fases muito monogâmicas e depois muda de ideia. A tendência é que as pessoas se abram cada vez mais para viver experiências de ambos os formatos ao longo da vida", disse Ana Canosa, psicóloga e s e x ó l o g a, so aite UOL.

Relações múltiplas

A psicanalista Regina Navarro Lins concorda com a previsão: "Acredito que daqui a algumas décadas menos gente vai se fechar numa relação a dois e a maioria vai optar por relações múltiplas".

É possível!

Para o s e x ó l o g o e psicólogo Fernando Mesquita, citado pela CNN, "constituir uma família de acordo com um modelo não monogâmico pode ser um grande desafio, mas é possível".

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