Zelensky revela o que a Ucrânia precisa para um cessar-fogo com a Rússia
Notícias na mídia internacional sugerem que existe uma pressão privada por parte dos aliados da Ucrânia para que Zelensky aceite um acordo de paz com a Rússia.
No entanto, numa conferência de imprensa com a Presidente da Comissão Europeia, Ursala von der Leyen, Zelensky negou que isso estivesse a ocorrer.
“Nenhum líder dos Estados Unidos ou da União Europeia, nossos parceiros, ninguém nos pressiona para que nos sentemos à mesa de negociações com a Rússia e entreguemos algo”, disse Zelensky, de acordo com o Politico.
Zelensky expressou com confiança que “nunca foi assim e nunca será”.
Ursula von der Leyen também deixou claro sua postura: “A Ucrânia é um país soberano e [irá] tomar decisões soberanas”.
No entanto, poucos dias depois, durante uma palestra na Universidade Anáhuac Querétaro, Zelensky revelou as condições sob as quais assinaria a paz.
Zelensky disse que a Ucrânia não acabaria com a guerra a menos que o país recebesse "a restauração da integridade territorial, dos direitos e da liberdade dos cidadãos", de acordo com a Newsweeks.
“A restauração da soberania é o princípio fundamental para acabar com a fase quente da guerra”, continuou Zelensky.
“Outra etapa da guerra é a restauração da justiça”, acrescentou Zelensky.
E concluiu: "Tudo terminará em paz". Contudo, mais uma vez, não é provável que a paz seja alcançada neste momento sob tais condições.
Vladimir Putin negou, repetidamente, a legitimidade histórica da Ucrânia e, recentemente, chegou a dizer que o país nunca existiu como uma entidade política independente.
Putin afirmou que a Ucrânia devia a sua existência à União Soviética.
“Todas as terras do sul da Rússia foram transferidas durante a formação da Ucrânia Soviética… Não havia Ucrânia dentro do império: havia oblasts”, explicou Putin, durante uma reunião da Câmara Cívica da Federação Russa, de acordo com o Ukrainska Pravda.
Putin disse ainda que a Ucrânia tentou destruir tudo o que era russo e exterminar as pessoas no Donbass.
Zelensky compreende muito bem esta narrativa. Ele disse aos estudantes com quem conversou, na Universidade Anáhuac Querétaro, que a Rússia não quer negociar um acordo de paz porque “imagina o mundo à sua própria maneira”.
Assim, talvez somente quando haja perdas definitivas ou mudanças nos pontos de vista de cada líder envolvido na guerra, a situação melhore.