A nova e avançada arma russa enviada para a guerra na Ucrânia
Vladimir Putin enviou para lutar contra a Ucrânia unidades de seu novo e mais avançado tanque de batalha para a Ucrânia, o T-14 Armata, de acordo com a agência russa de notícias, RIA Novosti.
As tripulações dos tanques russos, aparentemente, passaram o ano de 2022, aprendendo a usar o T-14 Armata.
O campo de treinamento estaria localizado em algum lugar do Donbass, de acordo com a fonte ouvida pelo RIA Novosti.
De fato, em em janeiro de 2023, o Ministério de Defesa do Reino Unido confirmou o movimento, depois de receber imagens de satélite de vários T-14, em um local de treinamento conhecido por sua “atividade pré-desdobramento”.
O órgão britânico alertou que qualquer implantação do T-14, provavelmente, seria uma “decisão de alto risco”, tomada apenas para “fins de propaganda”.
O principal argumento para esta suposição é que a Rússia carece de um número significativo de tanques T-14. Além disso, o tamanho maior do veículo acrescentaria problemas adicionais de logística e cadeia de suprimentos para as forças russas.
“Provavelmente, a produção está na casa dos dez, e os comandantes talvez não confiem no veículo em combate”, diz o comunicado do Ministério da Defesa.
O T-14 Armata apareceu em público, pela primeira vez, no Desfile do Dia da Vitória de 2015, em Moscou, de acordo com a Newsweek.
Foi, originalmente, anunciado como a resposta da Rússia para o principal concorrente do tanque de batalha americano, o M1 Abrams.
Armado com um poderoso canhão de 125 mm, o T-14 emprega um projeto de torre não tripulada. Assim, os soldados o controlam, com a ajuda de inteligência artificial, de dentro de uma cápsula blindada, na parte dianteira do casco.
Além da blindagem reativa, o T14 Armata conta com o sistema de proteção ativa Afganit, que consiste em 10 tubos lançadores e diferentes sensores ao redor da torre, que proporcionam a detecção de mísseis em 360º.
A revista Popular Mechanics explica que o T-14 tem um alcance de tiro de mais de 11 mil metros. Entretanto, estes tanques não estariam a ser usados, no momento, para atacar alvos diretamente, e sim, para destruir, com seu armamento, mísseis ou foguetes em sua direção.
Diante da detecção de uma ameaça, o sistema do T-14 ativa um foguete interceptador de um dos tubos, para neutralizá-la. O tanque também possui 12 lançadores de granadas capazes de gerar uma cortina de fumaça espessa, em caso de ataque.
A guerra na Ucrânia, no entanto, provou que inclusive os tanques de batalha principais também são vulneráveis às modernas armas antitanque e pode ser o caso do T-14.
Armas antitanque de tecnologia avançada, como o Javelin americano e o Stugna-P, de fabricação ucraniana, podem ser perdidas, em questão de segundos, se não forem capazes de combater, adequadamente, os mísseis que se aproximam.
Um blogueiro militar pró-russo garantiu, em um post no Telegram, que os T-14, provavelmente, não causarão impacto na guerra, porque a Rússia não possui o número necessário deles para que isso aconteça.