Rússia perdeu milhares de tropas e equipamentos em Kursk, diz general ucraniano
A invasão surpresa ucraniana da região russa de Kursk, em 6 de agosto, foi um dos momentos mais cruciais da guerra em 2024.
Foi a primeira vez que a Rússia viu tropas inimigas em seu território desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
A iniciativa foi tomada na tentativa de evitar que Moscou tomasse a região de Sumy, na Ucrânia, como já havia feito com o Oblast de Kharkiv, em março de 2024.
Assim, o alto comando ucraniano elaborou um plano para atingir a Rússia primeiro em Kursk, interrompendo seus planos de abrir outra frente na guerra.
O ataque também teve outros objetivos, de acordo com o comandante-em-chefe da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi.
Ele revelou, em uma entrevista à CNN, em setembro de 2024, que queriam criar uma zona de segurança na área e aumentar o moral de seus soldados, o que realmente aconteceu.
Além disso, soldados russos poderiam ser desviados de outras áreas na linha de frente da Ucrânia para Kursk.
Assim, as forças ucranianas capturaram 1.300 quilômetros quadrados de território russo. Atualmente, controlam cerca de metade dessa terra, de acordo com a Newsweek.
Kiev espera manter o que tomou para que usar como moeda de troca em futuras negociações de cessar-fogo.
Em uma postagem no Telegram de 1º de janeiro de 2025, Syrskyi revelou o quanto a Rússia sofreu como resultado do ataque a Kursk.
Moscou perdeu 38.000 soldados e mais de 1.000 peças de equipamento militar, embora estes números não puderam ser verificados de forma independente, alertou a Newsweek.
Crédito da foto: Telegram @ osirskiy
As forças ucranianas também capturaram 700 prisioneiros, alguns dos quais já haviam sido trocados com Moscou.
"Continuaremos a destruir os invasores", escreveu Syrskyi, de acordo com a Newsweek. "Não importa se eles têm passaportes russos ou norte-coreanos."
"As ações heroicas dos militares ucranianos forçaram o inimigo a manter um grupo significativo de forças em seu território e transferir reservas de outras direções", escreveu Syrskyi, ao lado de uma foto dele parabenizando as tropas na região.
Se a Ucrânia será capaz ou não de manter, por muito mais tempo, o território que capturou em Kursk ainda não se sabe.
O fato é que o apoio militar e financeiro americano à Ucrânia pode estar em risco. Donald Trump reassumirá a presidência dos EUA em 20 de janeiro e já afirmou que pode acabar esta guerra "em 24 horas".