Assim comemorou-se a vitória de Lula no Brasil
Com pouco mais de 60 milhões de votos, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente do Brasil, no segundo turno das eleições de 2022. As ruas encheram-se de apoiadores do político, aliviados pela iminência de deixar atrás o governo de Jair Bolsonaro.
A imagem é da Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, onde milhares de pessoas esperaram a chegada de Lula, após sua vitória como candidato à presidente haver sido confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Nos seus discursos como vencedor, Lula reafirmou seu compromisso com a democracia, meio ambiente e, principalmente, com a inclusão social. Ele relacionou as expectativas dos brasileiros em uma vida melhor à causa de sua vitória.
Ao seu lado e do futuro vice-presidente, Geraldo Alckmin, várias mulheres estiveram presentes. Entre elas, a futura primeira-dama, Janja, visivelmente emocionada, enquanto Lula pronunciava palavras de esperança, a ex-candidata a presidente, Simone Tebet, que fez campanha para o petista desde o final do primeiro turno, e a ex-presidente Dilma Roussef.
Ainda na Avenida Paulista, o povo levantava as mãos que, durante, os últimos meses, fizeram a letra L, como símbolo de apoio a Lula.
Muito longe dali, em Manaus, capital do Amazonas, indígenas também comemoraram a vitória de Lula. O Estado viveu momentos de horror, no auge da pandemia, em 2020, quando muitos morreram por falta de oxigênio nos hospitais.
Ao longo do domingo, várias denúncias sobre uma determinada ilegalidade eleitoral circularam nas redes sociais e foram reproduzidas por meios de comunicação como Folha de São Paulo e UOL.
Tratava-se de eleitores que diziam estar em um transporte público que havia sido parado em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal. O problema é que o presidente do Superior Tribunal Eleitoral e ministro do STF, Alexandre de Moraes, havia proibido, terminantemente, operações deste tipo no dia das eleições para evitar atrasos ou que pessoas fossem impedidas de votar.
Os controles rodoviários foram detectados, sobretudo, nas imediações de cidades do Nordeste, como Garanhuns, no interior de Pernambuco. O hastag "Deixe o Nordeste Votar" logo viralizou nas redes, já que, na região, a esquerda, tradicionalmente, costuma ganhar e haveria um interesse do governo atual de atrapalhar este resultado.
Diante da situação, Alexandre de Moraes, ordenou o encerramento imediato das operações nas estradas e, no final do dia, garantiu: “Nenhum eleitor disse que deixou de votar, ou que voltou à origem. Então não houve prejuízo aos eleitores”.
Finalmente, horas depois, na Avenida Paulista, o vencedor, Lula, apareceu para cumprimentar a multidão e disse: "Essa vitória é de todos os homens e mulheres que resolveram libertar esse país do autoritarismo".
Rostos em êxtase estamparam ruas, casas, bares de todo o Brasil, desde o momento em que Lula virou o resultado na apuração de votos. Vale salientar que, no país, as urnas são eletrônicas e o processo de contagem de votos é concluído em poucas horas.
Teve quem orasse pela vitória do seu candidato e, depois, em agradecimento, em pleno meio da rua.
A festa da vitória reuniu milhares de pessoas também no Rio de Janeiro, como podemos ver na imagem.
A apuração dos votos pôde ser acompanhada por qualquer pessoa, em tempo real, através do site do TSE e também em vários canais de televisão.
Quem votou em Lula não hesitou em sair de casa com roupa vermelha, cor do Partido dos Trabalhadores (PT) e da esquerda no mundo.
Todos estavam conectados, continuamente, através de seus celulares, com o que acontecia pelo Brasil.
Na imagem, uma m u l h e r derrama lágrimas de emoção, na Cinelândia (Rio de Janeiro).
Foi também o caso destes jovens, que pareciam incrédulos com o resultado das eleições.
A festa aumentou na Avenida Paulista, quando Lula usou o microfone para agradecer a todos pela vitória: "Vocês sabem que a razão da minha vitória foi a dedicação, o trabalho de cada um de vocês, de cada homem e de cada m u l h e r que acreditava na liberdade, que acreditava na possibilidade de a gente recuperar este país para o povo brasileiro".
Ele não esqueceu de agradecer o apoio de Simone Tebet (de azul, na foto), que, após perder a disputa ao cargo no primeiro turno das eleições, passou a fazer campanha para Lula, de forma intensiva. Marina Silva (primeira à esqueda, na foto), ex-senadora e ativa defensora da Amazônia, também foi citada, além de outros apoiadores.
O futuro vice-presidente, Geraldo Alckmin, que foi governador do Estado de São Paulo, e sua esposa estiveram ao lado do vencedor durante toda a festa.
E, claro, Lula abraçou sua eterna companheira de partido, Dilma Roussef, que foi presidente do Brasil de 2011 a 2016.
Após falar sobre a importância de recuperar a educação das crianças e os programas voltados às universidades brasileiras, Lula homenageou sua esposa, Janja, a quem chamou de "cara-metade".
"Eu quase fui enterrado vivo nesse país. (...) Eles me destruíram contando mentiras a meu respeito e, graças a Deus, eu estou aqui firme e forte, amando outra vez, apaixonado pela minha m u l h e r!
A cantora baiana Daniela Mercury, ativa apoiadora de Lula, puxou o coro para o Hino Nacional e também cantou sua canção mais famosa: "O Canto da Cidade".
Enquanto isso, como diz a frase do jingle mais conhecido da campanha de Lula, a multidão comemorava o início de uma nova era, "sem medo de ser feliz".