OMS pede ação urgente contra varíola dos macacos

Casos triplicaram em apenas duas semanas
Maiores esforços
90% dos novos casos estão na Europa
Alto risco na Europa
A OMS não a considera uma
ONU preocupada
Da África para o continente europeu
Cadeia de transmissão desconhecida
Mais de 70 casos no Brasil
Semelhança com varíola comum
Os sintomas
Diferenças com a varíola comum
Incubação
Erupções na pele
Como se espalha
Cuidado especial
É um vírus letal?
Pouca mortalidade
Importante ir ao médico
Existe uma vacina?
A vacina contra a varíola é eficaz
A origem da varíola
Em 1970
Da África para a Europa
Também nos EUA
Casos triplicaram em apenas duas semanas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta sobre a urgente necessidade de impedir a propagação da varíola dos macacos na Europa. Os casos triplicaram em todo o continente, em um período de apenas duas semanas.

Maiores esforços

O diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri Kluge (foto), disse: “Estou em contato com governos e sociedade civil para que intensifiquem os esforços em evitar que a varíola dos macacos estabeleça-se em uma área geográfica crescente".

"Ação coordenada urgente"

Hans Henri Kluge adverte, assim: “Uma ação urgente e coordenada é imperativa, se quisermos reverter a propagação contínua desta doença”.

90% dos novos casos estão na Europa

No início de maio, casos de varíola dos macacos foram relatados fora dos países da África Ocidental e Central, onde a doença é endêmica. Agora, 90% deles são diagnosticados na Europa, de acordo com Hans Henri Kluge.

Alto risco na Europa

Embora 31 países ao redor do mundo tenham registrado infecções por varíola dos macacos, a Europa está no centro do surto e o risco de contrair a infecção é alto em todo o continente.

A OMS não a considera uma "emergência de saúde pública"

Neste momento, a OMS não acredita que o atual surto constitua uma emergência de saúde pública de interesse internacional. No entanto, a agência continuará a revisar sua posição à medida que o assunto evolui.

ONU preocupada

A ameaça da varíola dos macacos começou em maio de 2022, quando até dez casos confirmados foram detectados em humanos, na Europa. Primeiro o Reino Unido anunciou ter sete pessoas infectadas. Portugal, Espanha, Suécia e Itália não demoraram a notificar o aparecimento da doença nos seus territórios.

Da África para o continente europeu

Trata-se de uma doença causada por um vírus que, até agora, havia sido encontrado somente em  florestas africanas. Até o momento, não se sabe como viajou à Europa.

Cadeia de transmissão desconhecida

De acordo com os Ministérios da Saúde dos países afetados, todos os pacientes são adultos. Segundo o jornal El País, "não foi encontrada uma ligação epidemiológica concreta entre os infectados".

Mais de 70 casos no Brasil

No Brasil, até o dia 03 de junho, 78 casos de infectados por varíola dos macacos foram registrados, segundo o Ministério de Saúde. A maioria deles está concentrada no Estado de São Paulo.

Semelhança com varíola comum

Aparentemente, os sintomas são semelhantes aos da varíola comum, mas um pouco mais leves.

Os sintomas

Febre, dor de cabeça, dores musculares e calafrios  poderiam alertar para um possível caso de varíola de macacos em humanos.

Diferenças com a varíola comum

“A principal diferença entre os sintomas da varíola e da varíola dos macacos”, aponta Raúl Rivas, microbiologista da Universidade de Salamanca, em um artigo publicado em The Conversation “é que a segunda faz com que os gânglios linfáticos inchem".

Incubação

Nesse artigo do The Conversation especifica-se que a incubação deste tipo de varíola "é geralmente de sete a catorze dias", algo que pode ser "reduzido para cinco e subir para 21 dias".

Erupções na pele

Além de febre e dores musculares, a varíola dos macacos é acompanhada por uma erupção cutânea no rosto, nas mãos e nos pés, que mudam com o tempo até formar uma crosta e cair. O famoso e temido vestígio de varíola na pele humana.

Foto: Milius007 / Pixabay

Como se espalha

De acordo com um artigo da BBC, não lidamos com um vírus facilmente contagioso entre as pessoas, como o coronavírus. Mas claro, cuidados especiais devem ser tomados quando entramos em contato direto com um infectado de varíola dos macacos.

Cuidado especial

"O vírus pode ser transmitido ao tocar roupas, toalhas ou lençóis usados por alguém com erupção cutânea de varíola. Também através das bolhas ou crostas da pele de uma pessoa infectada. Ou através da tosse ou espirro", explica a BBC.

É um vírus letal?

A varíola dos macacos não carrega uma alta mortalidade dos infectados. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, entre 2017 e abril de 2022, até 241 casos teriam sido confirmados na Nigéria, um dos países mais afetados por esse vírus.

Pouca mortalidade

Desses mais de duzentos casos, apenas oito terminaram com a morte do paciente.

Importante ir ao médico

No entanto, as autoridades de saúde europeias insistem na necessidade, em caso de suspeita ou sintomatologia compatível com a descrita acima, de ir ao médico para descartar ou confirmar a infecção.

Existe uma vacina?

E em caso de infecção, que tratamento deve ser seguido? No momento, segundo a OMS, não há antídoto ou vacina específica contra essa infecção. Mas considera-se que a vacina contra a varíola (doença que foi considerada erradicada em 1980) pode funcionar. De fato, o governo espanhol, por exemplo, anunciou que sua compra como medida preventiva.

A vacina contra a varíola é eficaz

A vacina contra a varíola demonstrou ser 85% eficaz na prevenção da doença. Embora não evite completamente que as pessoas a tenham, é responsável de torná-la mais branda, até desaparecer, na maioria dos casos, em duas ou três semanas.

A origem da varíola

A chamada varíola dos macacos é uma doença cujo primeiro caso confirmado em humanos surgiu em 1970, em Bokenda, uma vila na República Democrática do Congo.

Em 1970

O primeiro infectado foi um menino de nove meses que deu entrada no Hospital Basankusu com sintomas semelhantes aos observados em macacos com varíola.

Da África para a Europa

Desde então, a doença tem sido mais comum no continente africano. Deslocou-se para a Europa apenas em pessoas que já haviam viajado para áreas endêmicas. No entanto, agora poderíamos ter que enfrentar a temida "transmissão comunitária".

Também nos EUA

Antes desses casos vistos na Europa, em 2003 houve um surto da doença em mais de trinta pessoas nos Estados Unidos. A origem estaria na importação de animais exóticos.

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