Rússia faz nova ameaça sobre uso de seu arsenal nuclear

Risco de um conflito maior
Os líderes russos fazem ameaças frequentemente
Novos comentários preocupantes
Os documentos doutrinários da Rússia são insuficientes
O Ocidente subestima a Rússia
Afirmando o que vai acontecer com mais clareza
Examinando o que Ryabkov e por quê
Não é a primeira vez que a ideia surge
Comentários de Putin sobre a subestimação do Ocidente
“Isso não deve ser encarado levianamente”
Por que a Rússia faz ameaças nucleares?
Ameaça nuclear faz parte da estratégia
Moscou continua escapando impune
Uma estratégia gratuita com benefícios
O que o Ocidente deveria fazer a respeito?
Um problema para a segurança mundial
Risco de um conflito maior

As ameaças nucleares russas e os ataques políticos no cenário global aumentaram muito desde que Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, dando a sensação de que algo maior e pior  pode acontecer.

Os líderes russos fazem ameaças frequentemente

Esta sensação foi reforçada por declarações preocupantes do próprio presidente russo e de autoridades como o vice-presidente do Conselho de Segurança Russo, Dmitry Medvedev sobre a política nuclear do país.

Novos comentários preocupantes

Recentemente, foi o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, o responsável de seguir com esta estratégia russa de ameaças.

Os documentos doutrinários da Rússia são insuficientes

"A experiência adquirida durante a operação militar especial também mostrou que a formulação excessivamente geral que está consagrada nos nossos principais documentos doutrinários nucleares é insuficiente", disse Ryabkov em entrevista ao Channel One, um canal de televisão estatal russo.

O Ocidente subestima a Rússia

Ryabkov acrescentou: “O Ocidente, e principalmente os países da OTAN, ignoram o nosso potencial nesta área”.

Afirmando o que vai acontecer com mais clareza

O Vice-Ministro da Defesa russo prosseguiu dizendo que os pensamentos ocidentais sobre a atual doutrina nuclear na Rússia “tornam necessário dizer de forma mais clara, mais distinta e mais precisa o que pode acontecer, desde que persistam nisso”.

Examinando o que Ryabkov e por quê

Ryabkov defendia, essencialmente, que Moscou precisava clarificar a sua doutrina nuclear para afirmar exatamente o que aconteceria se os países ocidentais e a OTAN continuassem a subestimá-la.

Não é a primeira vez que a ideia surge

Em junho, Putin já havia dito, em entrevista coletiva, que as nações ocidentais estavam erradas ao acreditarem que a Rússia não utilizaria as suas armas nucleares.

Comentários de Putin sobre a subestimação do Ocidente

“Por alguma razão, o Ocidente acredita que a Rússia nunca a utilizará”, afirmou Putin, segundo a BBC News. “Temos uma doutrina nuclear, vejam o que diz”, acrescentou o presidente russo.

“Isso não deve ser encarado levianamente”

“Se as ações de alguém ameaçam a nossa soberania e integridade territorial, consideramos possível utilizar todos os meios à nossa disposição”, continuou Putin. "Isso não deve ser encarado levianamente, superficialmente."

Por que a Rússia faz ameaças nucleares?

De fato, em maio, a Rússia realizou exercícios nucleares no Distrito Militar do Sul. O Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) tentou fornecer uma resposta sobre o porquê destas iniciativas.

Ameaça nuclear faz parte da estratégia

A Diretora do Projeto sobre Questões Nucleares do CSIS, Heather Willaims, argumentou que o uso de armas nucleares faz parte da estratégia russa na Ucrânia, por uma série de razões úteis.

Moscou continua escapando impune

“O Kremlin percebe claramente algum benefício desta estratégia. Uma razão pode ser a dissuasão e a sinalização nuclear. Outra é porque tem escapado impune”, explicou Willaims.

Uma estratégia gratuita com benefícios

“Estes comportamentos de risco são essencialmente gratuitos para Moscou e atraíram pouca ou nenhuma resposta da comunidade internacional em geral, para além das declarações dos Estados Unidos e de alguns estados europeus”, acrescentou Williams.

O que o Ocidente deveria fazer a respeito?

A resposta adequada a tais ameaças, de acordo com Williams, deveria ser um confronto que inclua a imposição de custos diplomáticos ou econômicos a Moscou. 

Um problema para a segurança mundial

“Embora a Rússia possa perceber que sua ameaça nuclear tem um efeito dissuasor estabilizador e mantém o Ocidente afastado, também elevou os riscos nucleares ao nível mais alto, desde o fim da Guerra Fria”, concluiu Williams.

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