Mistério sobre a energia escura do universo é desvendado
Cientistas fizeram uma descoberta que pode transformar completamente nossa compreensão sobre a energia escura, um dos principais componentes do universo, nos próximos anos.
De acordo com a AP News, há décadas, os cientistas sabem que o universo está se expandindo, impulsionado por uma força misteriosa.
Além disso, acreditava-se, até então, que essa expansão ocorria em aceleração constante.
Siga-nos aqui e verá, a cada dia, conteúdos que lhe interessam!
Essa força, invisível e impossível de medir diretamente, foi nomeada energia escura.
Os cientistas teorizavam que, além de ser uma força constante, é perfeitamente ajustada ao modelo matemático padrão do cosmos, explicando a simetria do universo.
De acordo com a NASA, a energia escura compõe cerca de 70% do universo, enquanto as estrelas e a matéria visível somam apenas cerca de 5%.
No entanto, com a nova pesquisa, os cientistas passaram a questionar não apenas o funcionamento, mas até mesmo a própria existência da matéria escura, causando um grande impacto em diversos campos científicos, informou a AP News.
Os resultados foram apresentados por uma colaboração internacional de 900 cientistas especializados no estudo do movimento das galáxias.
A equipe internacional descobriu que a força responsável pelo movimento das galáxias e, consequentemente, pela expansão do universo, em vez de ser uma constante, pode mover-se de forma irregular.
Segundo a AP News, a colaboração internacional já havia apresentado resultados semelhantes no início deste ano. Agora, com uma análise mais abrangente, o novo estudo confirmou os mesmos achados.
"Jamais imaginei que veria este resultado durante a minha vida", disse o colaborador Mustapha Ishak-Boushaki, cosmólogo da Universidade do Texas em Dallas, à agência de notícias.
A equipe internacional usa o DESI (Dark Energy Spectroscopic Instrument), um telescópio em Tucson, Arizona, para estudar a evolução do universo.
Foto: Laboratório Nacional Lawrence Berkeley/KPNO/NOIRLab/NSF/AURA / Wikimedia Commons
O telescópio é capaz de criar um mapa tridimensional do universo, abrangendo mais de 11 bilhões de anos, ao coletar dados sobre como as galáxias colidem, se movem e evoluem, informou a agência de notícias.
Mesmo assim, antes de concluir que a energia escura não é o que se pensava, a colaboração internacional reconhece a necessidade de uma investigação ainda mais ampla.
"A importância desse resultado é tentadora", disse Robert Caldwell, físico do Dartmouth College, à AP News, "mas não é uma medição garantida".
Caldwell, que não participou da investigação, destacou que, se confirmadas, as novas descobertas têm o potencial de transformar nossa compreensão tanto do passado quanto do futuro do universo.
Não fique de fora do que acontece no mundo; siga nosso perfil!