Como aumentar o foco e por que estamos cada vez mais distraídos?

Atenção e excesso de informação
O mercado da atenção
As empresas querem nosso foco
Meta e TikTok
O indivíduo perdeu a capacidade de concentração
Estudos sobre a atenção de um funcionário
O tempo médio de cada atividade
Estamos à deriva?
Grandes consumidores de smartphones
Quantas vezes você olha seu smartphone enquanto realiza outra tarefa?
A importância de desligar os telefones
Foco x estímulos
Dicas de especialistas para retomar o controle da sua atenção
O estresse
Uma pausa sem tecnologia
Use o smartphone de forma cronometrada
Leitura profunda
Pensamento crítico
Onde ponho minha atenção?
Atenção e excesso de informação

Nossa atenção está cada vez mais dividida em meio à enxurrada de estímulos que encontramos à nossa volta. Por vezes, sentimo-nos perdidos com tanta informação. Como podemos voltar ao equilíbrio?

O mercado da atenção

Justiça seja feita: o ser humano não caiu inocentemente nessa arapuca. Ao contrário disso, o mercado que gere o conteúdo que nos seduz disputa, entre unhas e dentes, a nossa tão valiosa atenção.

As empresas querem nosso foco

Quando usamos uma rede social gratuita, na verdade, pagamos pelo serviço, pois damos em troca nossa atenção. De fato, nosso foco é tão valioso que representa grande parte da receita das big techs.

Meta e TikTok

Um total de 90% do faturamento da Meta, dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, vem dos dados e da atenção que os usuários fornecem. No TikTok, a porcentagem é de 100%, informou a revista Super Interessante.

O indivíduo perdeu a capacidade de concentração

Embora o tema não seja novo, é cada vez mais preocupante. O ser humano tem conseguido manter o foco em uma determinata atividade durante um período cada vez menor.

Estudos sobre a atenção de um funcionário

Gloria Mark, professora de informática na Universidade da Califórnia, quis estudar como os funcionários de um escritório trabalhavam. Ela estava interessada em investigar quanto tempo ficavam concentrados em cada atividade.

O tempo médio de cada atividade

Em 2004, a pesquisadora descobriu que os trabalhadores demoravam, em média, dois minutos e meio em uma determinada tarefa, antes de mudar seu foco. Já em 2012, ao repetir o experimento, o tempo médio caiu para 75 segundos, publicou O Globo.

Estamos à deriva?

Atualmente, com a presença massiva dos smartphones, esse tempo caiu ainda mais: 47 segundos. É como se estivéssemos o tempo todo em busca de mais estímulos, sem conseguir manter a concentração em tema nenhum.

Grandes consumidores de smartphones

O Brasil possui, hoje, cerca de 118 milhões de usuários de smartphones ativos, atrás somente da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia, segundo a revista Exame.

Quantas vezes você olha seu smartphone enquanto realiza outra tarefa?

Um estudo da Carnegie Mellon University dividiu 136 indivíduos em dois grupos, para testar sua produtividade com ou sem as distrações proporcionadas pelo smartphone. O primeiro grupo foi orientado a desligar o aparelho, enquanto o outro deveria mantê-lo ligado.

A importância de desligar os telefones

Depois de submetidos a um teste cognitivo, constatou-se que os indivíduos que tiveram acesso aos seus smartphones tiveram desempenho, em média, 20% pior.

Foco x estímulos

De fato, quanto mais interrupções por estímulos externos, mais chance temos de distrair-nos também por ideias e pensamentos internos. Uma coisa leva à outra e perdemos totalmente nosso foco. Quantas vezes não interrompemos alguma tarefa para responder uma mensagem e, de repente, nossa atenção fica perdida entre flashes de imagens, vídeos e mensagens?

Dicas de especialistas para retomar o controle da sua atenção

Desativar as notificações do seu smartphone é uma estratégia clássica e eficaz para mitigar as distrações. Segundo a pesquisadora Gloria Mark, citada pelo Globo, as distrações externas constituem metade das interrupções do nosso foco.

O estresse

O estresse, muitas vezes vinculado ao uso abusivo de redes sociais e à sobreexposição a smartphones, também gera falta de atenção. Não é raro encontrar pessoas que, mesmo tendo desativado as notificações, continuam a fazer pausas para checar suas mensagens.

Uma pausa sem tecnologia

Gloria Mark explicou que, muitas vezes, pegamos nossos smartphones justamente porque nosso cérebro precisa de uma pausa. O problema é quando, em vez de deixar o cérebro descansar, elevamos o nível de estímulo. A recomendação é fazer pausas regulares e sair para dar uma volta ou tomar um chá.

Use o smartphone de forma cronometrada

Em entrevista ao jornal O Globo, Larry Rosen, professor emérito de psicologia Universidade do Estado da Califórnia, recomendou que, se precisar usar o smartphone, o ideal é estipular o tempo de uso, para evitar usá-lo de forma desnecessária.

Foto: Unsplash - Lukas Blazek

Leitura profunda

Outra dica de ouro é fazer uma leitura profunda. A recomendação vem de Maryanne Wolf, professora da Escola de Pós-Graduação em Educação e Estudos da Informação da Universidade da Califórnia, também citada pelo Globo.

Pensamento crítico

Wolf explica que esse tempo prolongado em que dedicamos a uma leitura permite que aconteça processos mentais mais sofisticados, como análise crítica, dedução e empatia.

Onde ponho minha atenção?

E por falar em pensamento crítico, a última dica é aumentar a consciência sobre onde você coloca sua atenção. Como lembrou a Dr. Mark, quando é capaz de decidir onde põe seu foco, “você está no controle do seu comportamento".

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