Covid-22? Entenda a versão mais recente da doença!
A volta a uma normalidade relativa ou quase completa, após dois anos de pandemia, libertou-nos das máscaras e de certos hábitos defensivos que adquirimos. No entanto, é preciso continuar alerta, pois o vírus ainda continua entre nós.
Nos últimos meses, o número de casos de pessoas infectadas por duas subvariantes, denominadas BA.4 e BA.5, aumentou significativamente. Alguns especialistas garantem que elas são tão diferentes das anteriores, a ponto de causar uma nova doença: a "Covid-22".
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou que essas subvariantes têm provocado novas ondas de infecções. Em junho, a BA.4 foi detectada em 58 países e a BA.5 em 62.
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BA.4 e BA.5 foram detectadas pela primeira vez na África do Sul, em janeiro e fevereiro de 2022, respectivamente, e se espalharam rapidamente, muito mais do que as variantes anteriores.
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No final de junho, 43% dos casos ômicron, a variante responsável por 94% das infecções em todo o mundo e das subvariantes em questão, já eram de "Covid-22".
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Por país, de acordo com um relatório da OMS, os maiores aumentos de casos ocorreram na Romênia (665%), Espanha (531%), Cazaquistão (167%), Canadá (131%), Ilhas Malvinas (122%) e Bolívia (110%).
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Os países anteriores foram seguidos, à distância, por Itália (61%), México e Oriente Médio (47%), França e Brasil (37%), Sudeste Asiático (32%) e Alemanha (23%).
No caso particular dos Estados Unidos, a percentagem de aumento de infecções foi muito inferior: 5%. Entretanto, foi o país que registrou o maior número de infectados numa única semana, com mais de 700 mil casos.
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O Los Angeles Times chamou a BA.4 e BA.5 de “novas sub-variantes ultra-contagiosas da ômicron” e observou que, na Califórnia, tem provocado "uma preocupação crescente das autoridades de saúde de que possa haver uma disseminação significativa e aumento de hospitalizações”.
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Um relatório da ONU fornece dados que dão origem a novas teorias. Na Europa, apesar dos casos terem aumentado 33%, as mortes diminuíram 5%. Já no continente americano, onde os contágios aumentaram em menor grau - 14% -, as mortes subiram 11%, especialmente nos Estados Unidos, Brasil e Chile.
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Qual seria a explicação para essa diferença entre a Europa e a América? Segundo a ONU, pode ser porque nos locais onde essas duas subvariantes mais circulam, está sendo gerada uma imunidade de rebanho que protege as pessoas mais vulneráveis.
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As duas novas subvariantes, segundo a OMS, são no entanto as mais contagiosas de todas as que surgiram desde o início da pandemia em 2019 e isso porque “têm mutações que lhes permitem escapar à imunidade”.
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A BA-5 espalha-se ainda mais rápido do que sua "gêmea" e todas as outras variantes ômicron, de acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido.
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Por isso, o fato de já havermos tido a doença antes não tem impedido de sermos reinfectados com a "covid-22". Vacinados também não estão isentos, embora, claro, a probabilidade de que a doença avance para uma forma mais grave diminua consideravelmente.
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Yunlong Richard Cao, imunologista do Centro de Inovação Biomédica Pioneira da Universidade de Pequim, mostra, em pesquisa, que uma das características mais preocupantes dessas variantes é sua capacidade de evadir o sistema imunológico e quebrar a imunidade do rebanho.
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Entretanto, Dan Barouch, imunologista da Harvard Medical School em Boston, disse à National Geographic: "Espera-se que a imunidade das vacinas atuais continue a fornecer forte proteção contra doenças graves, hospitalização e morte".
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O professor da Rockefeller University (Estados Unidos), Paul Bieniasz, por sua vez, reforça à BBC: "Quem foi vacinado ou teve covid (das subvariantes anteriores da ômicron) terá pelo menos alguma proteção contra BA .4 e BA.5".
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Por outro lado, o próprio Bieniasz também alertou que "não é uma proteção completa", por isso não devemos ter excesso de confiança. Ainda há um risco significativo para pessoas vulneráveis, como idosos ou quem tem problemas de saúde.
Atualmente, a quarta dose da vacina contra o coronavírus só é indicada, em alguns países, para pessoas imunossuprimidas, ou seja, diagnosticadas com câncer, transplantadas ou maiores de 40 anos com síndrome de Down.
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Mas a quarta dose poderia ser aplicada a toda a população caso seja necessário combater essas novas subvariantes. Segundo o Dr. López Hoyos, "é factível" que uma dose de reforço seja recomendada todos os anos, como é o caso da vacina contra a gripe.
As recomendações dos especialistas permanecem as mesmas de antes. O uso de máscaras, especialmente em ambientes fechados, e o distanciamento social são as melhores armas para evitar a 'Covid-22'.
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