Polícia secreta chinesa está presente desta maneira ao redor do mundo
Um cidadão chinês, naturalizado americano, confessou operar uma delegacia de polícia secreta para autoridades chinesas na Chinatown de Nova York. O ocorrido evidenciou a frequência dessas operações em escala global.
Chen Jinping, de 60 anos, foi preso em 2023 junto com Lu Jianwang, de 59 anos, por abrir e administrar um posto policial em 2022, em nome do Ministério da Segurança Pública da China (MPS).
Essas empresas operam sob o disfarce de postos de atendimento para cidadãos chineses no exterior, oferecendo assistência com documentação básica e renovação de documentos oficiais.
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No entanto, de forma não oficial, elas também investigam ativistas chineses pró-democracia residentes nos Estados Unidos, de acordo com as autoridades federais.
Chen, que admitiu ter agido como agente do governo chinês, pode enfrentar até cinco anos de prisão quando for sentenciado.
Seu "cúmplice", Lu Jianwang, declarou-se inocente, e seu caso ainda aguarda julgamento.
Jianwang é acusado de pressionar um exilado chinês a retornar à China e de colaborar com as autoridades chinesas na localização de um ativista pró-democracia na Califórnia.
As mensagens trocadas pela dupla com o Ministério da Segurança Pública da China foram apagadas, uma ação que as autoridades americanas consideram como tentativa de obstrução da justiça.
Estima-se que cerca de 100 dessas chamadas delegacias de polícia operem em 53 países ao redor do mundo.
Organizações de direitos humanos acusam as autoridades chinesas de utilizar esses postos para monitorar e controlar cidadãos chineses no exterior.
No ano passado, 34 agentes vinculados ao Ministério da Segurança Pública da China foram acusados de intimidar dissidentes chineses residentes nos Estados Unidos por meio de contas falsas nas redes sociais, além de divulgar propaganda oficial do governo chinês, segundo a BBC.
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