Dmitry Medvedev diz que é hora da Rússia ser mais implacável
O ex-presidente russo e vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, ameaçou, mais uma vez o Ocidente, no dia 8 de junho, em seu perfil do X.
Ele prometeu que a Rússia seria “mais implacável e mortal” para com as organizações internacionais que apoiam Kiev, incluindo o Tribunal Penal Internacional e a Open Society Foundations de George Soros.
George Soros é um gestor de fundos, bilionário húngaro-americano que, segundo a Newsweek, em fevereiro de 2023, disse na Conferência de Segurança de Munique: “O apoio da Europa à Ucrânia deve ser preservado”.
Já o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão para Putin, em 2023, por, supostamente, ter cometido o crime de guerra de deportar, ilegalmente, crianças da Rússia para a Ucrânia.
“Como é bom receber o reconhecimento da eficácia do nosso esforço combinado contra o regime neonazi em Kiev! Veio de organizações miseráveis, como ONGs pertencentes ao v e l h o t e n o j e n t o Soros, que recorreram ao TPI por causa do nosso humilde trabalho", ironizou Medvedev no X.
“Essas ONG e os seus mestres são cúmplices dos terroristas que, ontem, mataram mais de 20 dos nossos cidadãos pacíficos”, continuou Medvedev, referindo-se às mortes de pessoas em Kherson e Luhansk, no dia 7 de junho.
A Rússia culpou Kiev pela morte de 25 pessoas e pelos ferimentos de outras 35 nestas regiões que ocupa, após uma série de ataques com mísseis da Ucrânia, de acordo com a Newsweek. Mas o ex-presidente russo não parou por aí.
“Isso realmente motiva a continuar trabalhando contra a n o j e n t a camarilha nazista. Ficaremos ainda mais furiosos, ainda mais implacáveis e mortais ao expor todos os tipos de i d i o t a s do regime Bandera e seus patronos”, explicou Medvedev.
O regime Bandera é uma referência a Stepan Bandera, líder de uma organização conhecida como Nacionalistas Ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial, segundo a Newsweek. Bandera foi uma figura vista por alguns como um lutador pela liberdade e por outros como um aliado nazista.
“Bandera é empregado na propaganda russa e Putin usou-o para justificar a sua invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, alegando que Moscovo precisava de 'desnazificar' Kiev”, explicou Rachel Dobkin, autora de um artigo da Newsweek.
Em 10 de junho, Medvedev recorreu novamente ao X para referir-se ao sentimento Bandera da Rússia com relação aos resultados das eleições europeias para a França e a Alemanha.
“Bem, bem, respeitados por ninguém, Macron e Scholtz, vocês viram os resultados das eleições para o parlamento da UE?", começou Medvedev. “Eles são um reflexo de sua política inepta de fornecer apoio às autoridades Bandera no f.”
“A Ucrânia à custa dos seus próprios cidadãos, da sua política econômica e de migração i d i o t a! Espere e veja o que vem a seguir! Hora de se aposentar. Para o monte de cinzas da história!”, concluiu Medvedev, em uma postagem.