"Eles podem ser russos algum dia": a insinuação de Trump sobre a Ucrânia
A aparente afinidade do presidente americano com Vladimir Putin tem gerado desconfiança sobre de que lado Donald Trump realmente está, com relação à guerra na Ucrânia. E uma declaração recente sua só fez aumentar as especulações.
Donald Trump sugeriu, em uma entrevista à Fox News, em 10 de fevereiro, que a Ucrânia poderia perder sua soberania para a Rússia, em um futuro próximo.
"Eles [Ucrânia] podem fazer um acordo. Eles podem não fazer um acordo. Eles podem ser russos algum dia, ou podem não ser russos algum dia", declarou.
É de amplo conhecimento que o presidente dos Estados Unidos quer ser o mediador de um acordo de paz entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o presidente russo Putin.
De fato, ele repetiu, em diversas ocasiõe que a guerra nunca teria começado se ele fosse presidente dos Estados Unidos, em 2022, e culpou Biden pela situação.
No entanto, o presidente Donald Trump mencionou querer compensação pela ajuda dos EUA, independentemente do resultado da guerra.
Ele declarou que planeja recuperar alguns dos investimentos dos Estados Unidos na Ucrânia.
"Vamos ter todo esse dinheiro lá, e eu digo que o quero de volta. E eu disse a eles que quero o equivalente, como US$ 500 bilhões em terras raras", explicou à Fox News.
E continuou: "E eles, essencialmente, concordaram em fazer isso, então pelo menos não nos sentimos estúpidos."
Conforme relatado pelo The Guardian, a Ucrânia indicou que está disposta a desenvolver uma parceria com os Estados Unidos para extração de recursos em troca de garantias de segurança.
A quantidade de ajuda que Donald Trump alega ter dado à Ucrânia é questionável. O jornal The Kyiv Independent informa que o Congresso dos EUA forneceu US$ 170 bilhões (em escala americana) à Ucrânia, desde o início da guerra em 2022, incluindo mais de US$ 60 bilhões (em escala americana) em apoio militar.
O governo Trump alega estar comprometido em garantir um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, nos próximos 100 dias.
De acordo com a CNN, o enviado especial de paz de Trump, Keith Kellogg, deve visitar a Ucrânia em 20 de fevereiro e estaria preparando diversas opções de cessar-fogo para apresentar à Casa Branca.
No final desta semana, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deve se reunir com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, na Conferência de Segurança de Munique.
Recentemente, o The New York Post informou que o presidente Trump disse haver estado em contato com o presidente russo, Vladimir Putin, e está considerando um encontro presencial.
Isso marca uma mudança significativa na estratégia de isolamento diplomático imposta anteriormente pelo ex-presidente Joe Biden, potencialmente reabrindo canais de diálogo com o Kremlin.
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