Erupção solar nesta quinta-feira pode afetar todo o planeta
Periodicamente, o Sol libera partículas que são ejetadas no Sistema Solar. Às vezes, essas partículas criam auroras visíveis à noite. Em outros casos, podem danificar redes eléctricas, sinais de GPS e até satélites. E é exatamente o que podemos viver a partir desta quinta-feira (10).
Foto de : NOAA
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos, observou uma grande explosão solar emitida a partir do centro do Sol, que, provavelmente, atingirá a Terra.
O clarão é suficientemente grande para que poder ser visto, hoje mesmo, num ponto muito mais próximo do equador do que o habitual.
A bola de plasma e o seu campo magnético podem afetar as comunicações e interromper até mesmo o serviço elétrico em algumas áreas.
Shawn Dahl, coordenador do Centro de Previsão do Clima Espacial, dependente da NOAA, garantiu, em conferência de imprensa, que esta tempestade solar poderá durar 36 horas.
Shawn Dahl explicou que não seremos capazes de conhecer o poder da tempestade solar até que ela passe pelo Advanced Composition Explorer (ACE) da NASA e pelo Deep Space Climate Observatory (DSCOVR).
Ambos satélites estão a mais de um milhão e meio de quilômetros da Terra, o que dá uma margem de 15 a 30 minutos de aviso antes que a tempestade solar chegue aqui.
O objetivo de conhecer a virulência da tempestade solar é notificar as redes elétricas para que tomem as medidas cabíveis. Principalmente no caso das áreas afetadas, por exemplo, pelo furacão Helene e, agora, pelo furacão Milton.
“Não sabemos qual é a situação real, mas seria prudente contactar imediatamente a Florida e a sua península”, diz Shawn Dahl.
Para tranquilizar o mundo, o coordenador do Centro de Previsão do Clima Espacial garante que esta tempestade solar não será tão virulenta como a de 1989, que provocou um apagão durante várias horas em Quebec.
Foto: Cláudio Schwarz