O país europeu que se aproxima cada vez mais de Putin
Quando o presidente russo Vladimir Putin decidiu invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022, ele enfrentou uma reação internacional como nenhuma outra.
Os Estados Unidos e a União Europeia retaliaram Moscou com duras sanções, enquanto grandes empresas abandonaram o território russo.
Antigos aliados como Hungria e Polônia começaram a se voltar contra o Kremlin também. Até mesmo a China, principal parceiro comercial da Rússia, tornou-se ambivalente com relação às decisões de Putin.
No entanto, há um país na Europa onde o governo pode se voltar a favor de Putin mais rápido do que imaginamos.
À primeira vista, a Geórgia pode não parecer tão importante nesta guerra. No entanto, este país de 3,7 milhões de habitantes no Cáucaso faz fronteira, ao norte, com a Rússia e, ao sul, com o Irã. Não são exatamente os melhores vizinhos, no momento.
Para piorar, de acordo com a Newsweek, as relações entre o governo georgiano em Tbilisi e o Ocidente estão piorando rapidamente.
O mesmo não acontece entre Tbilisi e Moscou, cuja relação foi descrita pela Newsweek como “ascendente”, à medida que os Estados Unidos e a União Europeia perdem sua esfera de influência na região.
A Newsweek informou ainda que políticos pró-Ocidente na Geórgia alegam que seu país está sendo alvo de uma guerra híbrida pelo controle iniciada por Moscou.
As eleições parlamentares da Geórgia estão programadas para ocorrer no próximo dia 26 de outubro. Muitos especialistas temem que esta seja a última chance de impedir a mudança em direção a Moscou.
O France24 informa que, no início deste ano, o governo da Geórgia aprovou uma nova lei na qual as organizações que receberam mais de 20% do exterior tiveram que se registrar como “agentes de influência estrangeira”.
Os críticos do projeto de lei, apelidado de “Lei Russa”, alegaram que ele foi inspirado por repressões semelhantes do Kremlin contra dissidências políticas, particularmente aquelas que se opunham a Vladimir Putin.
De acordo com a France24, grandes manifestações de cidadãos contra à Lei Russa ocorreram nas ruas de Tbilisi e em outros lugares.
O Georgian Dream, partido que governa o país atualmente, defendeu-se, alegando que tenta impedir que potências estrangeiras interfiram em seus assuntos internos, diz a Newsweek.
Alguns manifestantes entrevistados pela France24 afirmam temer que a Geórgia esteja regredindo a quando ainda fazia parte da União Soviética.
Afinal, a Geórgia é o local de nascimento de Joseph Stalin, líder da União Soviética por várias décadas e uma das figuras mais influentes do século XX.
O governo da Geórgia se tornará um aliado útil para o Kremlin, finalmente? A previsão parece bastante sombria.
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