Facebook agrava os sintomas de pessoas deprimidas, diz estudo
O uso viciante do Facebook entre pessoas deprimidas aumenta a gravidade da depressão.
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Esta é a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores da Monash University, na Malásia, publicado na revista Computers in Human Behavior.
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Trata-se de um estudo longitudinal, envolvendo 250 pessoas com o diagnóstico de depressão. Para realizá-lo, cada paciente foi acompanhado durante seis meses.
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Os resultados do estudo sugerem que o uso excessivo do Facebook pode reduzir a autoestima de uma pessoa.
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Os pesquisadores observaram que há dois fatores essenciais para medir o nível de gravidade da depressão: dependência e autocrítica.
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Isto quer dizer que, a depender de como o paciente lida com o Facebook, seria possível prever o grau de depressão deste indivíduo.
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Com relação à autocrítica, foi medido o sentimento de vergonha dos usuários, quando falharam em manter uma autoimagem positiva.
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Já sobre o fator da dependência, o que se mediu foi a sensação de desamparo, quando os pacientes perderam a aceitação dos outros, dentro da plataforma social.
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Além disso, também foram observados outros elementos, para classificar o tipo de uso da plataforma. Primeiro, fizeram uma avaliação emocional do indivíduo, relacionando o uso da rede social com sua integração na vida cotidiana do paciente.
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Depois, foi feita a medição do vício, bem como características comportamentais que tendem à dependência ou incapacidade de reduzir o acesso ao Facebook, apesar das tentativas.
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Os resultados, após seis meses de estudo, mostraram que os usuários que tinham um consumo aditivo do Facebook, apresentaram experiências depressivas mais agudas.
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Como pode uma pessoa deprimida ter os seus sintomas agravados ao entrar de forma recorrente no Facebook?
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O estudo tem uma resposta simples: a utilização excessiva do Facebook implica a obrigação em responder, de forma regular, às interações, para obter a aceitação de outros usuários.
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Essa atitude apenas reforça a dependência (hipersensibilidade à rejeição) e a autocrítica (tendência a exagerar as próprias limitações).
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As duas ações combinadas resultam na piora ou perda da autoestima e potencializam os efeitos negativos que a depressão já causava no usuário, anteriormente.
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Tanto que o termo 'Depressão do Facebook' já é utilizado para definir a doença vinculada ao uso prolongado da rede social de Zuckerberg.
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Na verdade, o estudo da Monash University não é o primeiro a sugerir que o Facebook é prejudicial para o a saúde mental das pessoas, especialmente aquelas com depressão.
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Até a própria empresa, em relatório interno, chegou a reconhecer que o Instagram, rede social irmã do Facebook, também causa graves problemas de saúde mental em adolescentes, conforme revelou o Wall Street Journal.
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