França em chamas: imagens dos protestos contra a reforma da previdência
As manifestações contra a reforma previdenciária do governo de Emmanuel Macron intensificam-se na França. Na noite de 23 para 24 de março, imagens como esta inundaram o país.
Paris e Lyon são as duas cidades onde as mobilizações tem sido mais intensas.
No entanto, em outras cidades como Bayonne por exemplo, a agitação também se fez sentir.
Em Bordeaux, a prefeitura e várias lojas foram incendiadas.
As manifestações deixam imagens particularmente marcantes, como esta da Place de la Bastille, pouco visível devido ao gás lacrimogêneo disparado pela polícia na tentativa de dispersar as massas.
Muitos dos incendiários têm aproveitando o acúmulo de lixo para interromper o trânsito nas ruas.
Apesar das manifestações, as posições dos sindicatos e do governo francês ainda parecem distantes.
O presidente Emmanuel Macron continua convencido da necessidade de aumentar a idade mínima de aposentadoria, excluindo casos especiais, para 64 anos.
As estimativas apontam para mais de 300 mobilizações em todo o país, e os números de pessoas presentes nelas variam.
Enquanto o Ministério do Interior fala em pouco mais de um milhão de manifestantes, no nono dia de protesto, os sindicatos garantem que há cerca de 3,5 milhões.
Em Paris, a diferença nas estimativas é ainda mais marcante: 119 mil pessoas, segundo o governo, e mais de 800 mil, segundo os sindicatos.
Longe de diminuir, as manifestações têm toda probabilidade de continuar, crescer e se multiplicar.
As organizações estudantis já informam que um grande número de estudantes tem aderido às mobilizações.
Somam-se a isso os diversos setores em greve, que ameaçam paralisar a economia e todo um país, como é o caso da indústria de combustíveis.
Os sindicatos apostam no fato de que Macron continuará firmemente ancorado em sua ideia de implementar a reforma da previdência antes do final do ano e planeja manter suas mobilizações ativas.
Aliás, entre as palavras de ordem mais ouvidas durante as manifestações, o nome do presidente esteve muito presente.
"Macron, não toque na minha aposentadoria" ou "Nada a perder", segundo o Le Monde, são alguns dos slogans mais comuns durante os protestos.