Guerra da Ucrânia arruína oligarcas russos

Um bloqueio muito eficaz
Propriedades e fundos paralisados
A guerra continua, as perdas aumentam
38 bilhões de dólares (em escala americana)
E os números sobem
Ricos e influentes
Vladimir Potanin, próximo a Yeltsin e Putin
Adeus a 60% do patrimônio
Nasceu na Ucrânia, mas...
Superiate apreendido
O caso Abramovich
Adeus ao Chelsea
Vozes discordantes
Desaparecimentos suspeitos
Consumo interno sustenta economia russa
Andrey Melnichenko, uma história de sucesso em plena guerra
Um bloqueio muito eficaz

Uma das primeiras medidas que a União Europeia tomou contra a Rússia, após o início do conflito na Ucrânia, foi o bloqueio comercial de bens e capitais de origem russa em todos os países integrantes do bloco.

Propriedades e fundos paralisados

Essa medida, que pode parecer secundária ou até ineficaz, foi, na verdade, um duro golpe para os oligarcas russos, que viram seus imóveis, iates, aviões e fundos em bancos europeus congelados.

A guerra continua, as perdas aumentam

A guerra não acabou e os oligarcas russos estão a ver como suas fortunas são dizimadas a cada dia. As perdas chegam a bilhões de dólares.

38 bilhões de dólares (em escala americana)

Segundo o site especializado Visual Capitalist, as 10 pessoas mais ricas da Rússia perderam cerca de 38 bilhões de dólares (em escala americana), em 2022, devido às sanções econômicas que sofreram.

E os números sobem

A matéria não aponta para melhoras, em 2023, senão ao contrário: até agora, os russos mais abastados perderam 90,4 bilhões de dólares (em escala americana).

Ricos e influentes

Na Rússia, poder e dinheiro estão ligados à política desde o final do século XX. Por isso, os milionários russos são chamados de oligarcas. Sua ligação com quem está no comando é evidente.

Vladimir Potanin, próximo a Yeltsin e Putin

Vladimir Potanin (na foto), dono da maior fortuna da Rússia em 2022 - 27 bilhões de dólares (em escala americana), segundo a Forbes - foi vice-primeiro-ministro de Boris Yeltsin e é um homem próximo e de confiança de Vladimir Putin.

Adeus a 60% do patrimônio

Outros oligarcas, como Viktor Vekselberg (na foto), acionista majoritário da UC Rusal, a maior empresa de alumínio do país, perdeu mais de 60% de seus ativos desde o início da guerra, segundo o Visual Capitalist.

Nasceu na Ucrânia, mas...

Estima-se que o magnata teria deixado pelo caminho cerca de 11,3 bilhões de dólares (em escala americana), desde o início da guerra na Ucrânia, que, curiosamente, é o território onde nasceu.

Superiate apreendido

Já Viktor Vekselberg é um dos oligarcas que viu suas propriedades confiscadas. No caso, o superiate Tango, que a polícia espanhola e o FBI bloquearam em Palma de Mallorca (Espanha) em abril de 2022, segundo a Forbes.

O caso Abramovich

Embora o caso mais popular talvez tenha sido o de Roman Abramovich (na foto), um dos oligarcas mais próximos de Vladimir Putin. Ele passou de ter 14.500 milhões de dólares para 6.900 milhões de dólares, durante o primeiro ano de guerra.

Adeus ao Chelsea

De fato, o magnata russo foi forçado a vender o Chelsea FC, time da Premier League que ele presidiu, orgulhosamente, de 2003 a 2022.

Vozes discordantes

Obviamente, essa situação fez alguns oligarcas criticarem Vladimir Putin, pedindo-lhe que acabasse com a guerra. A resposta do presidente russo foi, como era de se esperar, contundente.

Desaparecimentos suspeitos

Magnatas como Vasily Melnikov, Ravil Maganov (na foto ao lado de Putin), Mikhail Watford e Alexander Tyulyakov levantaram suas vozes e, meses depois, todos foram encontrados mortos. Coincidência?

Consumo interno sustenta economia russa

De qualquer forma, a economia russa tem se mantido estável, devido ao, entre outras coisas, imenso consumo interno que o país, tão grande e poderoso, possui. Há até quem defenda o isolamento da Rússia.

Andrey Melnichenko, uma história de sucesso em plena guerra

Mas há um exemplo de um oligarca russo que faturou com a guerra. Andrey Melnichenko (na foto), fundador da Eurochem Fertilizantes, passou de uma fortuna de 11.100 a 25,2 milhões de dólares, graças ao fomento da atividade agrícola para a autossuficiência e a impossibilidade de obter fertilizantes que vinham de outros países.

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