Influência importante de Marte na Terra é descoberta por cientistas
Um estudo publicado na Nature Communications descobriu que a Lua não é o único corpo celeste que afeta as águas do nosso planeta. Marte faz o mesmo em surpreendentes 2,4 milhões de ciclos.
De acordo com a Smithsonian Magazine, a equipe de pesquisa determinou que a atração magnética de Marte afeta a órbita da Terra ao redor do Sol, aproximando-a a cada ciclo.
Isso torna o clima mais quente e afeta a força das correntes marítimas profundas, da mesma forma que a Lua faz com as águas superficiais.
Segundo a Science, os pesquisadores analisaram mais de 50 anos de registros de perfuração em alto mar.
Imagem: Bryan Goff/Unsplash
A CNN explica que esses núcleos de sedimentos ajudam a construir uma imagem do passado que remonta a milhões de anos.
De acordo com a Smithsonian Magazine, os pesquisadores coletaram amostras de quase 300 testemunhos de perfuração, o que correspondeu a cerca de 65 milhões de anos de sedimentos do fundo do mar.
A equipe encontrou um padrão nos sedimentos a cada ciclo: a Terra esquentou, o que afetou as correntes. A única coincidência com cada ciclo foi a atração magnética de Marte.
A atração magnética inclinou o caminho da Terra em torno do Sol. Como o planeta está mais próximo da estrela, a radiação aumenta e o clima fica mais quente.
A mudança do clima faz com que as correntes profundas aumentem ou diminuam a cada ciclo. Segundo a CNN, a equipe os descreveu como “redemoinhos gigantes”.
O efeito não é tão significativo quanto o da Lua. “O impacto de Marte no clima da Terra é semelhante a um efeito borboleta”, disse Dietmar Müller, co-autor do estudo, à New Scientist.
Imagem: Planet Volumes / Unsplash
Ainda assim, Müller espera que estes resultados ajudem a ciência a compreender os efeitos das alterações climáticas. Os registros são “insights valiosos sobre como os oceanos funcionam em um mundo mais quente”, disse ele à CNN.
De acordo com a agência de notícias, os cientistas alertaram para os efeitos colapsantes das alterações climáticas nas correntes do planeta, particularmente na Circulação Meridional do Atlântico (AMOC).
Segundo alguns pesquisadores, a AMOC, que transporta água quente dos trópicos para o extremo Atlântico Norte, dá sinais de que poderá entrar em colapso.
Siga-nos aqui e verá, a cada dia, conteúdos que lhe interessam!
Ainda assim, outros investigadores estão cépticos quanto ao papel de Marte nestes ciclos.
“A sua atração gravitacional sobre a Terra é muito fraca”, disse Matthew England, especialista em circulação oceânica, à New Scientist.
“Até Júpiter tem um campo gravitacional mais forte para a Terra”, acrescentou.