Kraken, a nova subvariante da covid-19 que preocupa o mundo
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciaram, recentemente, que uma nova subvariante ômicron da covid-19 é, agora, uma das dominantes no país.
A Kraken, cujo nome técnico é XBB.1.5 ômicron, tem preocupado os especialistas sobre a possibilidade de ocorrer uma nova onda de infecções.
O CDC revelou que a nova subvariante ômicron compreende já cerca de 40,5% de todas as infecções conhecidas nos Estados Unidos.
De acordo com a Forbes, o número de estadunidenses infectados com a Kraken (ou XBB.1.5) subiu 21,7% em apenas sete dias. Esse salto de uma semana superou a BQ.1 e a subvariante BQ.1.1, acrescenta o artigo.
Felizmente, esta nova subvariante ômicron não parece ser mais mortal do que qualquer forma anterior de covid-19.
De acordo com Barbara Mahon, diretora do CDC, em entrevista da CBS News, a kraken também não parece tornar suas vítimas mais doentes do que as variantes anteriores.
Mahon também observou que, embora as hospitalizações cresçam em todo o país, isso não está, necessariamente, ligado à nova subvariante.
Diante do registro de alguns casos na Espanha, Albert Bosch, presidente da Sociedade Espanhola de Virologia, explicou, em uma entrevista à uma rádio local, que os casos graves aumentarão se as infecções aumentarem: "É um tema estatístico, a proporção não muda".
Para evitar que isso aconteça, o especialista reforça a importância dos dois "V": vacina e vigilância.
A XBB, a variante que originou a XBB.1.5, foi detectada em pelo menos 35 países, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Também foi responsável por vários surtos de covid-19 em outubro de 2022.
“Estudos realizados em laboratório descobriram que a XBB é capaz de esquivar anticorpos de infecções anteriores ou vacinas da covid-19”. Esta afirmação é do médico e correspondente da CBS News, Akshay Syal.
Infelizmente, a subvariante XBB.1.5 parece ter herdado essa característica, assim como outras mutações importantes que espalharam-se com relativa rapidez na população em geral.
Para Jaime Ducharme, da Time Magazine, um novo surto da doença poderia estar relacionado às baixas taxas da aplicação das doses de reforço e ao relaxamento de medidas de mitigação da covid-19.
As autoridades de saúde preocupam-se com o retorno dos níveis normais de viagens de férias, já que poderiam desencandear uma nova onda da pandemia.
Embora as pesquisas sobre a nova subvariante ainda sejam escassas, algumas sugerem que aquelas pessoas que têm a vacinação completa podem estar mais protegidas do que as que não.
O New England Journal of Medicine publicou um artigo sobre o assunto, no qual garante que as pessoas “que receberam um ou dois reforços monovalentes da vacina de covid-19 tiveram uma atividade de neutralização muito menor contra subvariantes ômicron”.