Macron alerta sobre potencial guerra civil na França
O presidente francês, Emmanuel Macron, adverte que uma vitória da extrema direita ou da extrema esquerda nas próximas eleições antecipadas na França pode precipitar o país em uma "guerra civil", conforme reporta o Politico.
Em uma entrevista ao podcast Génération Do It Yourself, Macron alertou que o partido de extrema direita, National Rally, de Marine Le Pen, e La France Insoumise, de Jean-Luc Mélenchon, adotavam políticas divisivas que buscavam provocar tensões na França.
De acordo com o presidente francês, citado pelo Politico, tanto a extrema esquerda quanto a extrema direita eram reducionistas, incentivando a polarização ao "reduzir as pessoas à sua religião ou grupo étnico".
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"Se seguirmos o raciocínio deles, ou o país explode ou começa uma guerra civil. Por isso, discordo dos dois extremos e de seus seguidores", declarou Macron no podcast, conforme citado pela France 24.
Segundo France24, os comentários de Macron sobre a guerra civil não foram bem recebidos pelos seus rivais, que pediram ao Presidente francês para “não assustar o público”.
Macron surpreendeu a cena política francesa ao convocar eleições antecipadas no início de junho, depois de o National Rally ter vencido as eleições europeias por uma vitória esmagadora, enfraquecendo a coligação liberal-centrista atualmente no poder.
Segundo a BBC, uma semana antes da primeira volta das eleições parlamentares, o Comício Nacional estava vários pontos à frente da Nouveau Front, de esquerda. O próprio partido liberal de Macron, o Renaissance, ficou em terceiro lugar.
Jordan Bardella, o jovem líder do Comício Nacional, declarou que o seu partido estava pronto para tomar o poder, chamando-o de “a única alternativa confiável” para a França.
A BBC destacou que o National Rally promete expulsar criminosos estrangeiros, restringir a imigração, limitar os gastos sociais aos cidadãos franceses e impedir que pessoas com dupla cidadania tenham acesso a empregos sensíveis nas áreas de segurança e defesa.
Muitos analistas, incluindo os do Politico, afirmam que embora o National Rally possa assumir o controle da legislatura francesa nas eleições antecipadas, esta estratégia de Macron poderá minar o ímpeto da extrema direita para obter a presidência francesa em 2027.
Com as eleições antecipadas à porta, será que os eleitores franceses ouvirão o aviso de Macron ou será que o National Rally sentirá pela primeira vez o gostinho do poder?
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