Milei faz "milagre econômico" na Argentina, mas metade da população continua na pobreza
O presidente argentino, Javier Milei, continua colhendo conquistas econômicas, pelo menos no que diz respeito ao superávit primário e ao controle da inflação no país.
Segundo o El País, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve um aumento de 2,7% em outubro passado, o mais baixo dos últimos três anos.
A inflação interanual, no entanto, continua a ser uma das mais elevadas do mundo: 193%. A inflação anual está atualmente em 107%.
Desde dezembro do ano passado, quando atingiu 25,5%, a inflação mensal diminuiu. Segundo o El País, o IPC de setembro foi de 3,5% e caiu, agora, abaixo dos 3 pontos.
Segundo o Clarín, os itens com maior aumento de preços incluem habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (5,4%), o que se explica, sobretudo, pelo aumento do aluguel.
Outros itens acima da média mensal foram: vestuário e calçados (4,4%), restaurantes e hotéis (4,3%), saúde (3,6%) e educação (3,5%).
Os itens com as menores variações foram transportes e alimentação e bebidas não alcoólicas (ambas subiram 1,2%).
O relatório elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) informou, que, em setembro, o aumento salarial médio foi de 4,7%, ante uma inflação de 3,5% no mês.
Por outro lado, com relação à inflação do último ano, os salários não apresentam ganho real. Neste período, a inflação subiu 209% enquanto os salários foram ajustados em média 181,9%, uma perda de 27,1 pontos.
Enquanto isso, como relata o El País, após cortes drásticos nas despesas públicas e aumento das tarifas, mais 5,5 milhões de pessoas atingiram o limiar da pobreza na Argentina, segundo o Indec. A taxa de pobreza atingiu 52,9% da população no primeiro semestre de 2024 e foi a mais alta desde 2004.
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