O inferno que se aproxima: assim subirão as temperaturas
A emergência climática torna-se cada vez mais evidente, com as ondas de calor sufocantes em diferentes partes do mundo. Mas o futuro que esta catástrofe ecológica nos reserva pode ser ainda pior.
Se imagens como essa (46° Celsius) foram captadas em uma cidade com temperaturas geralmente amenas como Bruxelas (Bélgica), o que dizer de outros lugares? Em julho de 2023, por exemplo, o Aeroporto Internacional do Golfo Pérsico, no Irã, registrou 66,7º Celsius, o que é incompatível com a sobrevivência humana.
Em média, segundo a ONU, o planeta vai esquentar 1,5º até 2040. Parece pouco, mas esta subida pode transformar áreas do planeta em lugares desertos.
Esse grau e meio é o aumento cientificamente antecipado e "aceitável". Mas, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU), a temperatura global pode subir quatro graus, até 2060.
Segundo os pesquisadores, ondas de calor de dois ou três dias, como as que temos agora, poderiam se transformar em semanas de temperaturas sufocantes.
Imagem: Jeremy Bezanger/Unsplashes
O IPCC sustenta que a pior parte será vivida no Oceano Ártico, onde a temperatura média pode subir 8 graus!
Gráficos como este, da PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America) indicam, em vermelho e laranja, as áreas que, até 2070, terão temperaturas tão altas que será difícil viver. América Latina, Estados Unidos, sul da Espanha e norte da Austrália estão incluídos.
Como aviso do que está por vir, temos o aconteceu no verão de 2022 na Europa, por exemplo, cuja imagem global foi resumida assim pela NASA. Calor e incêndios em muitas partes do planeta.
As secas também aumentarão e teme-se que algumas grandes cidades sofrerão problemas de abastecimento de água em um futuro não muito distante.
De acordo com um estudo da S&P Global Sustainable1, publicado em 2021, cidades como Nova York correm o risco de ficar sem água até 2050.
No ranking de lugares nos Estados Unidos onde os recursos hídricos podem ser escassos em 2050, o Condado de Maricopa, Arizona, ocupa a primeira posição. Phoenix também seria gravemente afetada.
Imagem: Joe Cock/Unsplash
No momento, já está consolidado aquele grau e meio que os cientistas estimam que vá elevar a temperatura média do planeta. Mas temos que trabalhar para que esse aumento não seja maior.
Imagem: Markus Spiske/Unsplash
Diminuir o consumo de tudo no nosso dia a dia, desde a compra de roupas até as horas com o ar-condicionado ligado ou o uso de automóveis, entre outras inciativas, pode contribuir para preservar o meio ambiente.
Imagem: Cromatografia / Unsplash
Por sua vez, os governos têm o dever de aumentar as ações de contenção de emissões de gases com efeito estufa, promover energias limpas e lutar contra o desmatamento.
Imagem: Lil-An Lim/Unsplash
O mundo pode morrer de calor se não tomarmos medidas radicais o mais rápido possível.
Na Europa e na Grã-Bretanha, centenas de pessoas morreram, em 2022, devido às ondas de calor sem precedentes que sofreram. Frear as mudanças climáticas é crucial para nossa sobrevivência.
Veja também: Assim ficarão as cidades em 2050, se não frearmos a crise climática