A nova tecnologia que pode prevenir a próxima pandemia
Em 2020, o mundo foi impactado pela pandemia de covid-19, que provocou transformações permanentes na sociedade. Milhares de vidas foram perdidas e é provável que vejamos outro incidente como este, num futuro próximo.
Por conta disso, existem vários grupos de pesquisa que trabalham para implementar novos recursos destinados a evitar a próxima crise mundial de saúde.
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Os pesquisadores da Mailman School of Public Health, da Universidade da Columbia, EUA, desenvolveram um sistema altamente eficaz, que possibilita a análise rápida de bactérias, vírus e fungos, tanto conhecidos como desconhecidos, relatou o USA Today.
O grupo sustenta a ideia de que, se a sua tecnologia estivesse disponível em 2019, poderia ter prevenido a eclosão da pandemia.
“Esse método é tão simples e barato que seria viável implementar uma vigilância contínua nas clínicas”, explicou o Dr. Ian Lipkin, microbiologista da da Universidade da Columbia.
O Dr. Lipkin esclareceu que o método abrange uma ampla gama de amostras, incluindo sangue e vias respiratórias. Isso permite determinar se a condição do paciente é conhecida pelos médicos ou se é um problema novo, que demanda especial atenção.
“O novo método representaria algo parecido a um sistema imunológico global”, disse o Dr. Lipkin, ao USA Today. Pelo menos oito países já adotaram o sistema, formando a Aliança Global para a Prevenção de Pandemias (GAPP, sigla em inglês).
O objetivo da GAPP é disponibilizar prontamente as informações coletadas dos pacientes. Assim, o mundo pode identificar e categorizar os novos e preocupantes casos sanitários, que emergem devido às mudanças climáticas e ao aumento populacional.
O GAPP destacou em seu site que doenças infecciosas emergentes, não previamente identificadas, provocam a disseminação descontrolada de enfermidades, causando danos sociais, agrícolas e econômicos.
Com membros em quase todos os continentes, a GAPP tem como missão central auxiliar na identificação de novas doenças potencialmente preocupantes. Além disso, o grupo está empenhado em desenvolver vigilância, infraestrutura e iniciativas de capacitação, uma ação que já está em andamento.
Profissionais da saúde pública da Libéria, Mali, Nigéria, Bangladesh, Zâmbia, Zimbabué, Mali e Alemanha dão formação especializada sobre como utilizar o sistema GAPP, no sentido de identificar novos agentes patogênicos, através de sequenciamento genético.
A finalidade do treinamento é capacitar os países a cultivarem seu próprio conhecimento sobre agentes infecciosos, evitando depender de nações como os Estados Unidos para remediar uma eventual crise de saúde.
O diretor administrativo do programa GAPP e bioquímico clínico, Ken Wickiser, explicou que trata-se de capacitar uma rede de apoio, dentro de cada país. Assim, os profissionais da saúde podem decidir como querem implantar a nova tecnologia, de acordo com seu contexto local.
A Aliança já fez descobertas significativas, conforme relatado pelo USA Today. Foram identificados casos de sarampo em áreas inesperadas, bem como a presença da poliomielite em águas residuais, possibilitando uma resposta eficaz por parte dos profissionais de saúde.
Em breve, o programa GAPP expandirá sua atuação para países da África, das Américas, da Ásia Central e do Pacífico. O sistema contribui tanto para prevenir a próxima pandemia, como para lidar com endemias de menor escala, em todo o mundo.
“À medida que aprimoramos nossas habilidades para compreender eventos passados e antecipar possíveis cenários futuros, estaremos mais bem preparados para lidar com situações inesperadas”, explicou Al Ozonoff, diretor do programa Sentinel.
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