Oligarca russo próximo de Putin faz previsões catastróficas para a Rússia

O regresso de Trump à Casa Branca já afetou os mercados internacionais, incluindo o do petróleo, principal produto de exportação da Rússia. E isso não passou despercebido aos apoiadores de Vladimir Putin.

Como relata o Huffpost, o oligarca russo Oleg Deripaska, próximo de Putin, havia alertado, anteriormente, que isso aconteceria.

Após a vitória republicana, tanto o Brent (petróleo bruto de referência na Europa) como o West Texas Intermediate (WTI, petróleo bruto de referência nos Estados Unidos) negociavam com quedas na ordem dos 3%.

Naquele momento, o Brent era vendido por US$ 73,35 – seu preço mais baixo desde o início de novembro – enquanto o WTI caía para US$ 69,74.

Mas para Deripaska as coisas ficarão ainda piores. "Bom dia, um novo mundo. Petróleo a US$ 50 em maio. Parece que a paz chegará em todos os lugares", escreveu o russo no Telegram, segundo o Huffpost.

Uma queda desta magnitude seria muito prejudicial para a Rússia, que se destaca no mercado por vender o seu próprio petróleo bruto a preços inferiores aos do Brent. O país é altamente dependente das exportações deste produto.

Na tentativa de não se deixar levar pela situação, a OPEP+, grupo de países produtores de petróleo liderado pela Rússia e pela Arábia Saudita, decidiu não aumentar a sua produção de barris, a partir de dezembro, mas, sim, mantê-la restrita para tensionar o preço desta matéria-prima.

Não é a primeira vez que Oleg Deripaska, um magnata da produção de alumínio, alerta para os problemas econômicos que a Rússia pode ter.

Já no ano passado, segundo a Forbes, Deripaska disse que a Rússia poderia ficar sem liquidez, em 2024, se não recebesse fundos adicionais e continuasse a afastar investidores estrangeiros.

As críticas do oligarca, sancionado por suas ligações com o Kremlin, vieram logo depois de Putin afirmar que as despesas não seriam reduzidas com a guerra na Ucrânia. Na época, Deripaska afirmou estar “muito preocupado porque o Estado e as empresas se confrontam constantemente”, relata a Forbes.

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