Estudo revela que pessoas são mais inteligentes: de direita ou esquerda?
Uma novo estudo, publicado na revista Intelligence, sugere que as crenças políticas podem estar mais relacionadas à inteligência e à genética de um indivíduo do que à sua educação ou ambiente.
Segundo o PsyPost, estudos anteriores ligaram a inteligência a visões socialmente liberais e, em menor medida, ao conservadorismo fiscal.
No entanto, não se sabe o que leva aqueles com maior inteligência a adotarem visões socialmente liberais.
Isso motivou os pesquisadores a investigar as causas das crenças liberais, conforme mencionado pelo autor do estudo, Tobias Edwards, em entrevista ao PsyPost.
"Apesar do grande interesse no assunto, temos pouco conhecimento sobre o motivo dessa associação, e muito menos se ela pode ser causal", explicou Edwards.
E continuou: "Como diz o velho ditado, correlação não é necessariamente causalidade".
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Primeiro, Edwards descobriu que a inteligência poderia prever opiniões políticas de esquerda. Além disso, os preditores de DNA também podiam prever crenças políticas dentro das famílias.
Edwards usou dados do Sibling Interaction and Behavior Study, que reúne informação sobre famílias adotivas e biológicas, entre 1998 e 2003.
Ao todo, foram selecionados 82 pares de irmãos biológicos, 96 pares de irmãos adotivos e 35 pares compostos por um irmão adotivo e um biológico. Logo, o pesquisador analisou uma variedade de testes de inteligência realizados pelos grupos.
Os pesquisadores analisaram as pontuações de QI de métodos tradicionais e confiáveis, bem como as pontuações poligênicas que os pares de irmãos da amostra obtiveram.
"As pontuações poligênicas representam uma medida agregada da predisposição genética para determinadas características. Elas são calculadas pela soma dos efeitos de diversas variantes genéticas no genoma, em que cada uma contribui com uma pequena quantidade para a característica de interesse", explicou Dolan.
Tanto as pontuações de QI como as pontuações poligénicas revelaram-se preditores fiáveis das opiniões políticas de um indivíduo. Dolan observou que as descobertas dos investigadores eram consistentes, mesmo considerando os fatores socioeconômicos.
“Descobrimos que tanto o QI como os indicadores genéticos de inteligência, conhecidos como pontuações poligênicas, podem ajudar a prever qual dos dois irmãos tende a ser mais liberal”, explicou Edwards.
Edwards disse ao PsyPost que os indivíduos estudados cresceram sob o mesmo teto, o que implica terem sido expostos aos mesmos fatores ambientais.
“Isso significa que a variação genética da inteligência pode desempenhar um papel na influência das nossas diferenças políticas”, disse Edwards.
Aqueles que tinham pontuações de QI mais elevadas ou pontuações poligênicas mais favoráveis eram mais propensos a ter opiniões mais liberais, em comparação com os seus irmãos. A descoberta de Dolan foi consistente em todas as famílias, biológicas e adotivas.
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