As enormes perdas da Rússia em seu próprio território, após ofensiva da Ucrânia
Em agosto de 2024, as Forças Armadas Ucranianas invadiram, de surpresa, a região russa de Kursk, provocando, até agora, quase 21.000 baixas a Moscou.
É o que garante o comandante-chefe das Forças Armadas Ucranianas, general Oleksandr Syrskyi, em uma publicação de 6 de novembro em sua conta do Facebook.
“Em 5 de novembro de 2024, quase três meses após o início da operação, as perdas inimigas na direção de Kursk totalizaram 20.842 pessoas, incluindo 7.905 mortos, 12.220 feridos e 717 feitos prisioneiros”, explicou Syrskyi, de acordo com a United24.
“Durante o mesmo período, 1.101 unidades de armamento e equipamento militar inimigo foram destruídas. Isso inclui 54 tanques, 276 veículos de combate blindados, 107 peças de artilharia e morteiros, 5 lançadores múltiplos de foguetes e 659 veículos”, acrescentou Syrskyi.
O general Syrskyi também revelou o motivo de a Ucrânia optar por invadir a Rússia.
“Em maio deste ano, a inteligência confirmou o plano do inimigo de lançar uma ofensiva na direção de Sumy a partir da região russa de Kursk para estabelecer a chamada 'zona-tampão' no norte da Ucrânia”, afirmou Syrskyi.
“Isto foi pretendido como uma continuação da operação russa na direção de Kharkiv. Portanto, foi tomada uma decisão de conduzir uma operação ofensiva preventiva, mudando as ações de combate para o território inimigo na região de Kursk”, Syrskyi acrescentou.
Além disso, a Rússia tem alcançado números recordes de perdas, nos últimos meses, na Ucrânia.
A Newsweek citou, em 5 de novembro, a empresa de inteligência holandesa de código aberto Oryx, que estimou que as perdas de equipamentos da Rússia, em outubro, atingiram o maior nível em dois anos.
A Oryx afirmou que a Rússia perdeu 695 unidades de equipamento militar que foram destruídas, danificadas, abandonadas ou capturadas, em outubro.
“Entre os equipamentos perdidos estavam 253 veículos de combate de infantaria, 103 tanques e 41 veículos blindados de transporte de pessoal. Havia também quatro aeronaves, compreendendo dois aviões de caça Sukhoi Su-25 e Su-34, junto com um helicóptero Mi-28”, observa o artigo da Newsweek, escrito por Brenda Cole.
No entanto a Oryx explica: “Esta lista inclui apenas veículos e equipamentos destruídos dos quais há evidências fotográficas ou videográficas disponíveis."
E continua: "Portanto, a quantidade de equipamentos destruídos é significativamente maior do que a registrada aqui”.
A Newsweek relatou que as maiores perdas russas nos últimos meses, provavelmente, foram devido às ofensivas em andamento da Rússia no leste da Ucrânia, mas os combates em Kursk também tiveram consequências.
“A Ucrânia anunciou oficialmente a realização de uma operação na região de Kursk em 12 de agosto e criou, com sucesso, uma zona-tampão dentro do território russo como resultado desta operação militar”, informou o United24 sobre a operação de Kursk.
Siga-nos aqui e verá, a cada dia, conteúdos que lhe interessam!
Em 4 de novembro, o Estado-Maior Ucraniano afirmou que Moscou havia sofrido apenas 700.000 perdas militares desde que a guerra começou.