Putin afirma estar ansioso para encerrar a guerra, mas impõe uma condição

De acordo com a Reuters, o presidente russo, Vladimir Putin, está disposto a assinar um cessar-fogo com a Ucrânia. Essa iniciativa interromperia a um conflito que, há mais de dois anos, vem ceifando a vida de milhares de pessoas.

No entanto, como seria de se esperar, esta trégua não provém necessariamente de um exame de consciência de Putin. O homem solitário no Kremlin tem uma condição importante para parar a luta.

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Segundo a SkyNews, Putin estaria pronto para “congelar” a guerra se a comunidade internacional reconhecesse os ganhos da Rússia em território ucraniano.

Desta forma, a Rússia teria a posse de grandes áreas de quatro regiões ucranianas, mas sem o controle total das mesmas.

Além do mais, Putin poderia vender uma “vitória” ao seu povo, poupando-lhe de mais embaraços e decisões impopulares.

Supostamente, Putin está preocupado com a queda da sua popularidade entre os russos, desde o início da guerra. Gastar mais dinheiro e mobilizar mais tropas só aumentaria esta insatisfação coletiva.

Fontes russas garantiram à Reuters que Putin admitiu, aos seus conselheiros, a sua frustração com o que ele considera ser um bloqueio das negociações entre Moscou e Kiev pelo Ocidente.

O líder russo também estaria consternado com a relutância do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em conversar. De acordo comSkyNews, Zelensky, inclusive, assinou um decreto, em 2022, tornando “impossível” qualquer diálogo com o Kremlin.

O jornal francês Le Monde observou, no entanto, que o líder russo rejeitou a proposta feita pelo Presidente da França de uma “trégua olímpica” entre a Rússia e a Ucrânia, durante as Olimpíadas de Paris.

Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse à Reuters que a Rússia esteve sempre aberta ao diálogo e que o país não queria uma “guerra eterna”.

A paz entre os dois países em guerra ainda parece uma possibilidade distante. Mas também é importante perguntar-se que tipo de paz é a mais justa e para quem.

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