Putin receberá ajuda de 100 mil soldados norte-coreanos

Em novembro, o porta-voz do Pentágono, major-general Pat Ryder, confirmou que  cerca de 10 mil soldados norte-coreanos foram enviados à Rússia para apoiar Moscou contra a Ucrânia.

Ele acrescentou que estes soldados seriam incorporados às tropas russas de Kursk, uma região envolvida no conflito depois que a Ucrânia a invadiu, em agosto de 2024.

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No entanto, relatórios recentes do G20 indicam que Pyongyang pode enviar até 100 mil soldados à Russia, segundo a Bloomberg.

O meio de comunicação informou ainda que, de acordo com uma fonte anônima próxima ao Ministério da Defesa russo afirmou, estes soldados não serão enviados todos de uma vez para o combate.

Em 19 de novembro, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pareceu confirmar a notícia, em uma declaração ao Parlamento Europeu, por videoconferência.

Embora as tropas norte-coreanas reforcem a estratégia russa contra a Ucrânia, há indícios de motivações mais profundas para Moscou buscar esse apoio adicional.

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Segundo o think tank The Institute for the Study of War (ISW), sediado em Washington, a Rússia poderia minimizar a impopularidade da convocação compulsória de reservistas russos ao reforçar gradualmente a linha de frente com 100 mil soldados norte-coreanos.

O ISW avalia que, mesmo com a entrada de 100 mil soldados norte-coreanos no conflito, isso não eliminará a necessidade de uma nova convocação compulsória de reservistas na Rússia, já que o reforço não compensaria as elevadas taxas de baixas.

O Ministério da Defesa do Reino Unido estimou que, em setembro, a Rússia sofreu uma média diária de 1.271 baixas, totalizando 38.130 no mês. Projeções semelhantes foram feitas pelo Departamento de Defesa dos EUA.

Entre setembro e outubro, a Rússia registrou 80.110 baixas, segundo o Departamento de Defesa dos EUA. Esse ritmo elevado de perdas é insustentável, mesmo com o envio de 100 mil soldados norte-coreanos pelo Kremlin.

“A mobilização de cerca de 100 mil soldados norte-coreanos compensaria as perdas russas por menos de três meses”, avaliou o ISW. Ainda assim, a chegada dessas tropas pode representar um desafio significativo para o esforço de guerra da Ucrânia.

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