A história de Jovenel Moïse, presidente morto do Haiti; entenda situação do país!

Um país mergulhado no caos
Ataque em casa
Investigações iniciadas
Sentia-se ameaçado
Donos verdadeiros do poder
Uma difícil vitória
Violência
Estudos universitários
Um empresário bem-sucedido
Negócio
Ideais
G7
Cooperação internacional
Visita dos reis da Bélgica
Encontro com o Papa
Estado de sítio declarado
Um país mergulhado no caos

Pandemia, tensão política, violência urbana, furacões. A instabilidade geral no Haiti é o cenário da morte do seu atual presidente, Jovenel Moïse, aos 53 anos, na madrugada do dia 7 de julho de 2021.

Ataque em casa

O primeiro-ministro do país, Claude Joseph, foi quem anunciou o trágico fim do mandatário. Jovenel Moïse foi assassinado a tiros em sua própria casa, na capital Porto Príncipe.

Investigações iniciadas

A primeira-dama, Martine Moïse, foi ferida no ataque e está hospitalizada, em estado grave. Segundo a polícia do país, um grupo de 25 mercenários está por trás do crime. Vários deles eram colombianos e alguns já foram presos.

Sentia-se ameaçado

Em entrevista recente ao El País, Jovenel Moïse disse sofrer uma perseguição de grupos oligarcas do Haiti, que planejavam um golpe de Estado para retirá-lo do poder.

Donos verdadeiros do poder

“Eles controlam os principais recursos do país, sempre instalaram e removeram presidentes e utilizam as ruas para causar desestabilização”, disse o então presidente ao jornal espanhol.

Uma difícil vitória

E completou: "Nossas decisões caem muito mal para aqueles que se sentem poderosos e intocáveis". Jovenel Moïse ganhou as eleições presidenciais de 2016 no Haití, mas sua vitória só foi reconhecida oficialmente um ano depois.

Violência

Em fevereiro, Jovenel Moïse convocou a imprensa para anunciar a detenção de 23 pessoas supostamente envolvidas em um plano de atentado contra seu governo e sua vida.

A situação do país é muito crítica. Além da pobreza vivida por grande parte da população, só em junho, centenas de pessoas foram mortas ou sequestradas em Porto Príncipe. Há meses, protestos nas ruas pediam a saída de Jovenel Moïse, pois muitos consideravam seu mandato de cinco anos terminado.

Estudos universitários

Jovenel Moïse nasceu no dia 26 de junho de 1968, em Trou-du-Nord, Haiti. Filho de uma costureira e de um comerciante, teve a oportunidade de cursar Ciência Política, na Universidade Quisqueya.

Um empresário bem-sucedido

Após concluir o curso, iniciou um projeto para fornecer água potável a famílias carentes da zona rural. Também foi um dos fundadores da Companhia de Energia Haitiana, que investe em energia solar e eólica em determinadas áreas do Haití.

Negócio

Era proprietário de uma vasta plantação de bananas e propiciou a criação de milhares de empregos, embora tenha sido acusado de lavagem de dinheiro.

Enquanto presidente do Haiti, Jovenel Moïse participou de vários eventos mundiais importantes. Na foto, recebe a ex-presidenta chilena Marcela Bachelet, em 2017, no Haití, para despedir as tropas de paz da ONU.

Ideais

Em sua campanha para presidente, defendeu o incentivo a agricultura bio-ecológica, além da educação e saúde universal. Candidatou-se pelo partido centro-direitista Tèt Kale.

Na foto, aparece com o presidente boliviano Evo Morales, em evento latino-americano em Lima (Peru), realizado em 2018.

G7

Na foto, posa ao lado do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, durante a reunião de cúpula do G7, em 2018.

Cooperação internacional

Em 2018, recebeu a visita da rainha Letizia da Espanha (à direita), que conheceu escolas haitianas apoiadas financeiramente por seu país. A primeira-dama, Martine Moïse, está de vermelho, ao lado de Jovenel Moïse.

Visita dos reis da Bélgica

Em 2017, recebeu a visita de outros monarcas europeus: a rainha Mathilde e o rei Philippe da Bélgica.

Encontro com o Papa

Em 2018, Jovenel e Martine Moïse encontraram-se com o papa Francisco, no Vaticano. Em abril de 2021, o religioso citou os haitianos em suas orações: "Meu pensamento vai especialmente a vocês, queridíssimas irmãs e irmãos haitianos: manifesto minha proximidade e gostaria que os problemas se resolvessem definitivamente para vocês. Rezo por isso".

Estado de sítio declarado

No dia do assassinato de Jovenel Moïse, o primeiro-ministro haitiano, Claude Joseph, declarou estado de sítio no país, em um comunicado veiculado na televisão. Também apelou tranquilidade aos cidadãos. O Haiti tem aproximadamente 11 milhões de habitantes.

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