Rússia acusa a Ucrânia de ataque para assassinar Putin
De acordo com informações da agência de notícias estatal russa, RIA Novosti, coletadas pela Reuters, a Ucrânia realizou um ataque ao Kremlin, com o objetivo de matar o presidente Vladimir Putin.
As autoridades russas sustentam que houve uma invasão de drones à residência presidencial, localizada no complexo do Kremlin, na noite da última terça para quarta-feira (03).
Os supostos drones ucranianos (dois aparelhos) teriam sido interceptados e destruídos pelas forças russas.
Não houve danos à cidadela do Kremlin e ninguém ficou ferido no ataque. Mas a Rússia fala em "tentativa de assassinato".
"O Kremlin avaliou essas ações como um ato terrorista planejado e uma tentativa de assassinato do presidente nas vésperas do Dia da Vitória, o desfile de 9 de maio", diz a publicação.
O comunicado continua: "O lado russo reserva-se o direito de tomar medidas de retaliação onde e quando julgar apropriado."
A Ucrânia negou a autoria do suposto ataque. O assessor da presidência do país disse, no Twitter, que o propósito do presidente Volodímir Zelenski é "liberar seu povo, não atacar outros".
O The New York Times informou que Putin não estava no Kremlin, segundo Dmitri S. Peskov, porta-voz do governo russo.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais russas mostra uma coluna de fumaça nas proximidades do Kremlin, mas não há comprovação de se realmente tratou-se de um ataque.
Se confirmado, o ataque revelaria a capacidade significativa da Ucrânia de penetrar no território russo.
Os drones têm sido armas modernas muito usadas pela Ucrânia, na luta contra a Rússia.
Com eles, os ucranianos, supostamente, têm atacado infra-estruturas russas, como depósitos de combustível e trens de mercadorias, nos arredores da Crimeia.
O fato é que a guerra na Ucrânia parece estar longe do fim.
Nesta mesma semana, o país ativou o alerta aéreo em todas as suas regiões. Explosões teriam sido escutadas em Kiev, Zaporiyia e Dnipro.
Há meses, especula-se que a Ucrânia estaria a planejar uma contra-ofensiva de primavera. O exército do país garante que terminou a primeira fase de treinamento de 40 mil voluntários.
De fato, a Rússia tem evacuado a população civil russa do sul da Ucrânia e levado para a Crimeia, como uma resposta antecipada da contra-ofensiva.