Rússia está prestes a registrar um infeliz marco de perdas humanas
A Rússia prepara-se para atingir um número sem precedentes de perdas humanas, em sua guerra com a Ucrânia.
Segundo o Estado-Maior Ucraniano, em uma atualização sobre a guerra divulgada no dia 21 de maio, Moscou perdeu 495.070 militares desde o começo da guerra.
Isto significa que, nos próximos dias, Moscou atingirá 500.000 baixas militares. E os números fornecidos por Kiev podem ser muito mais precisos do que se pensa.
Em 27 de abril, o Estado-Maior informou que as perdas militares russas totalizavam 465.054, um número notavelmente próximo da estimativa fornecida no mesmo dia pelo Ministro de Estado e Ministro das Forças Armadas do Reino Unido, Leo Docherty.
“Estimamos que cerca de 450.000 soldados russos foram mortos ou feridos e dezenas de milhares desertaram”, disse Docherty em entrevista ao UK Defense Journal.
A Rússia, provavelmente, sofreu perdas aceleradas de pessoal, nos últimos meses, devido às suas ofensivas contínuas em diversas áreas da linha de frente. O Kremlin tenta tomar Chasiv Yar desde abril e iniciou, recentemente, uma nova frente em Kharkiv.
Em 3 de maio, o Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, disse ao jornal independente russo Novaya Gazeta Europe que a França calculou que 150 mil soldados russos já haviam morrido. Já as perdas totais de pessoal russo ascendiam a 500.000, segundo a France24.
“O número de vítimas normalmente dispara durante batalhas prolongadas, como os ataques russos à cidade de Bakhmut em Donetsk, no início de 2023, e à cidade estratégica de Avdiïvka”, diz um artugo da Newsweek, assinado por Ellie Cook.
Em março, o Ministério da Defesa britânico publicou um relatório sobre as perdas médias diárias sofridas pelos russos em fevereiro, ou seja, no auge da ofensiva russa contra Avdiïvka. Indicou, assim, que Moscou havia perdido em média 983 soldados por dia, o valor mais elevado da guerra, na época.
O Ministério da Defesa britânico explicou que o aumento da média diária de perdas da Rússia refletia "o compromisso de Moscou com uma guerra de massa e desgaste".
“Embora dispendioso em termos de vidas humanas, o efeito resultante aumentou a pressão sobre as posições da Ucrânia na linha da frente”, explica o relatório britânico. Estas táticas, provavelmente, ajudaram a impulsionar a Rússia para 500.000 mortes e feridos.
Siga-nos aqui e verá, a cada dia, conteúdos que lhe interessam!