Sabia que um asteroide acabou de passar perigosamente perto da Terra?

Uma enorme rocha celestial passou perto do nosso planeta, mas os cientistas só descobriram isso dois dias depois.

O asteroide de cerca de 60 metros de diâmetro foi detectado pelo Observatório Atlas, na África do Sul, em 15 de julho, quando já havia passado perigosamente perto de nós.

Denominado de 2023 NT1, o asteroide viajava a 86 mil quilômetros por hora.

Ele passou, em seu ponto mais próximo, a menos de 100 mil quilômetros de nós, ou seja, um quarto da distância entre a Terra e a Lua. 

Apesar da proximidade ser considerada perigosa, a passagem do asteroide não representou risco de impacto, de acordo com a NASA.

Foi difícil de ver o asteroide antes, devido a que ele viajava na direção do Sol, que o ocultou com o seu brilho.

A mesma trajetória foi feita pelo bólido (três vezes menor) de Chelyabinsk, que também não foi visto pelos astrônomos, e caiu na Rússia, provocando estragos materiais e deixando pessoas feridas, em 2013.

Mais de 31 mil asteroides próximos da Terra são, atualmente, monitorados pelos astrônomos.

Entretanto, o ponto cego solar é uma fonte de profunda preocupação.

Pode haver até um milhão de outros asteroides na mesma faixa de tamanho do 2023 NT1, de acordo com a Agência Espacial Europeia, e 98,9% deles ainda não foram descobertos.

De fato, a Agência Espacial Europeia (ESA), tem trabalhado em uma missão que consistirá em estabelecer um telescópio, em 2030, em uma posição mais favorável entre a Terra e o Sol.

A missão NEOMIR, como é chamada, está apenas na fase inicial de estudo.

Quando o projeto estiver operacional, “se concentrará em impactadores iminentes de qualquer tamanho”.

A ideia é que o telescópio, nesta posição, notifique as autoridades sobre o perigo, com cerca de três semanas de antecedência.

"No pior cenário, receberíamos um aviso com, no mínimo, três dias de antecedência", garante a Agência Espacial Europeia, em seu site.

Com o 2023 NT1 já identificado, os astrônomos calculam qual será sua trajetória nos próximos 10 anos.