Tensões entre Argentina e Venezuela aumentam: papel de Trump é fundamental
A relação entre a Argentina e a Venezuela atravessa um momento crítico, marcado por tensões diplomáticas e crises econômicas.
Os laços estreitos entre Javier Milei e Edmundo González Urrutia, o asilo político concedido a opositores venezuelanos e as dúvidas sobre as eleições de 2024 estão entre as causas.
O caso do militar Nahuel Gallo também ajudou a aumentar este mal-estar. Em 8 de dezembro de 2024, o argentino foi preso quando compareceu a um escritório de imigração na fronteira entre Venezuela e Colômbia para solicitar permissão para entrar na Venezuela.
Na foto, sua mãe pode ser vista com semblante triste.
Em uma declaração publicada no Instagram, o procurador-geral venezuelano Tarek William Saab (foto) acusou Gallo de fazer parte de "um grupo de pessoas que tentou cometer atos desestabilizadores e terroristas na Venezuela com o apoio de grupos internacionais de extrema direita".
Entretanto, o homem de 33 anos alegou que estava apenas viajando para visitar a esposa e o filho.
Na imagem, a mãe e o irmão de Nahuel Gallo durante entrevista coletiva realizada pelo Ministro da Segurança argentino.
Nahuel Gallo foi acusado de terrorismo e de planejar um ataque contra a vice-presidente venezuelana Delcy Rodríguez (foto). Essas acusações foram categoricamente rejeitadas pela Argentina.
A Argentina também enfureceu Maduro ao dar asilo, em sua embaixada na Venezuela, a cinco políticos venezuelanos, Magalli Meda, Omar González, Claudia Macero, Pedro Urruchurtu e Humberto Villalobos, que fizeram parte da campanha do líder da oposição Edmundo González.
Promotores venezuelanos, alinhados ao governo de Maduro, acusam os refugiados de crimes como "conspiração" e "traição", complicando ainda mais as relações bilaterais, de acordo com a France24.
Assim, o governo de Caracas adotou medidas drásticas contra a Argentina, como a expulsão de seus diplomatas e restrições que afetam cidadãos e empresas do país, agravando ainda mais a situação.
Em dezembro passado, um sexto opositor, Fernando Martínez Mottola, deixou a embaixada argentina em Caracas.
Segundo a EFE, treze países solicitaram salvo-condutos para permitir que o restante dos requerentes de asilo deixem a Venezuela sem colocar sua segurança em risco, segundo a Euronews.
Nos últimos anos, a Venezuela havia avançado na normalização das relações internacionais, graças a mudanças políticas na região e acordos bilaterais.
No entanto, tudo mudou quando Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai rejeitaram conjuntamente os resultados das últimas eleições venezuelanas.
Essa polarização crescente pode afetar seriamente a estabilidade política e econômica da região. Diante desse cenário, Trump poderia desempenhar um papel importante.
O apoio de Donald Trump a Javier Milei pode consolidar a posição do líder argentino como uma figura-chave na América Latina.
Essa relação próxima fortaleceria a posição da Argentina em organizações multilaterais, facilitando demandas como a libertação de Gallo, de acordo com a France24.
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