Não vacinados devem pagar mais impostos?

Imposto para os antivacinas
O debate está aberto
E os fumantes, também devem pagar mais impostos?
Não vacinados sobrecarregam o sistema de saúde
O antivacina tem vida mais difícil
Passaporte Covid
Em Veneza, não vacinados têm de andar a pé
Não vacinados podem ser demitidos?
A Suprema Corte nega pedido de Biden
Na Áustria, a vacinação é obrigatória
Macron contra os antivacinas
Escolas francesas convocam greve
Antivacinas radicais são um perigo sério
Trump é vaiado por seus apoiadores
Trump chama políticos de
Antivacina Marjorie é expulsa do Twitter
Uma luta mundial pela saúde pública
Imposto para os antivacinas

A proposta foi anunciada por François Legaut, primeiro-ministro da região autônoma de Quebec, no Canadá: quem não se vacinar terá de pagar uma taxa extra nos seus impostos. Se esta medida for implementada, será o primeiro lugar no mundo onde as pessoas antivacinas podem ser penalizadas fiscalmente. Na imagem, Montreal, a maior cidade de Quebec.

Imagem: Michael Descharles/Unsplash

O debate está aberto

É um debate aberto em muitos países: hospitais e Unidades de Terapia Intensiva estão lotados de pessoas que se recusaram a tomar a vacina e, portanto, contraem covid-19 sem qualquer proteção. E não são poucos os analistas ou mesmo pessoas comuns que opinam que tal comportamento merece a devida penalização: pagar algo a mais pelo serviço de saúde prestado.

E os fumantes, também devem pagar mais impostos?

Quem se opõe a essa ideia argumenta que, se puderem cobrar impostos dos antivacinas, cobrarão também taxas extra dos fumantes, dos que consomem muito açúcar ou daqueles que não se exercitam o suficiente.

Imagem: Ryoji Iwata/Unsplash

Não vacinados sobrecarregam o sistema de saúde

François Legaut, o primeiro-ministro de Quebec, argumenta (segundo o Toronto Star) que os não vacinados representam um "ônus significativo" para o sistema de saúde. Ele ainda acrescentou: "É uma questão de justiça com 90% da população que fez sacrifícios".

O antivacina tem vida mais difícil

Não estar vacinado dificulta a vida de quem quer ter uma vida normal. O Passaporte Covid foi implantado em muitos países e sem ele muitas atividades são proibidas. Em Veneza, por exemplo, sair da ilha é uma delas.

Passaporte Covid

Na Itália não vale mais apresentar somente PCR, é preciso apresentar o certificado de vacinação para andar de transporte público. Isto significa que quem quiser atravessar a lagoa (especialmente se mora em ilhas como Murano ou Lido) só poderá fazê-lo se tiver o seu próprio barco.

Em Veneza, não vacinados têm de andar a pé

O líder antivacina veneziano Luigi Coró denunciou na mídia americana como é difícil viver em Veneza sem poder pegar um barco: "Os idosos não podem ir ao mercado de Rialto". O trajeto é longo e com muitas pontes no caminho, segundo Luigi Coró. Apenas 5% da população veneziana tem barco próprio.

Não vacinados podem ser demitidos?

Outra ameaça para quem não se vacina é perder o emprego. Algo que, novamente, traz dúvidas jurídicas em muitos países. Segundo The New York Times, as autoridades de Nova York deram aos profissionais de saúde um ultimato em setembro de 2021: ou se vacinam ou serão demitidos. A BBC informou que a United Airlines e o Google estavam dispostos a fazer o mesmo.

A Suprema Corte nega pedido de Biden

Biden queria que a demissão por não se vacinar fosse legal em empresas com mais de 100 trabalhadores. Mas a Suprema Corte disse não à sua proposta. Entretanto, admite que profissionais da área de saúde e de casas de repouso são obrigados a se vacinarem, e permite que sejam demitidos caso contrário.

Na Áustria, a vacinação é obrigatória

Na Áustria, o governo foi mais longe: anunciou que, a partir do mês de fevereiro, a vacinação é obrigatória para maiores de 18 anos. Com excessão de alguns casos, quem não tiver o certificado pode pagar uma multa de 600 euros (cerca de R$ 3.680,00).

Macron contra os antivacinas

Já o presidente francês Emmanuele Macron manifestou-se agressivamente contra as pessoas que não querem receber o imunizante. Ele garantiu que queria "irritá-los". Embora a palavra que ele tenha usado poderia ser traduzida com um termo muito mais forte.

Escolas francesas convocam greve

A maioria da população francesa parece apoiar medidas restritivas para os não-vacinados, mas algumas ordens do governo causaram indignação. Tanto que as escolas francesas convocaram greve devido às contínuas mudanças no protocolo Covid (aula semi-presencial, testes constantes, indecisão com o uso de máscaras etc).

Antivacinas radicais são um perigo sério

O maior perigo enfrentado por alguns países é o radicalismo de uma facção do movimento antivacina com posições violentas. Na Alemanha, em dezembro de 2021, foi realizada uma operação policial com várias prisões, depois que o canal de televisão ZDF revelou repetidas ameaças de morte, vindas de um grupo de Telegram antivacina, contra o líder regional da Saxônia. A polícia descobriu que havia armas e um plano de ataque traçado.

Trump é vaiado por seus apoiadores

Na direção oposta, o polêmico Donald Trump parece ter ido para o lado pró-vacina. O magnata americano sempre teve uma posição ambígua, mas, finalmente, admitiu em público que tomou a terceira dose. Ele fez isso num comício e os seus apoiadores o vaiaram.

Trump chama políticos de "covardes"

Trump chegou a descrever como "covardes", segundo o Los Angeles Times em sua edição de 12 de janeiro, políticos que escondem ter tomado a dose de reforço da vacina.

Antivacina Marjorie é expulsa do Twitter

Os antivacinas ainda têm Marjorie Taylor Greene, congressista republicana e árdua defensora de teorias da conspiração. Recentemente, ela foi expulsa do Twitter por postar mensagens afirmando que as vacinas estavam causando milhares de mortes.

Uma luta mundial pela saúde pública

Embora a liberdade individual deva ser respeitada, a batalha contra o movimento antivacina tem de ser levada a sério. Trata-se de uma ameaça real à sobrevivência da espécie humana. Vacinas salvam vidas. Não se vacinar é colocar em risco sua própria integridade física e a dos demais.

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